Tecnologia

Vírus para Android pode destruir seu smartphone

Ser infectado por essa família de malware significa uma viagem até a loja mais próxima para trocar de celular

Android; aplicativos podem se infiltrar no smartphone e inutilizar aparelho (Flickr/greyweed/Creative Commons)

Android; aplicativos podem se infiltrar no smartphone e inutilizar aparelho (Flickr/greyweed/Creative Commons)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 7 de novembro de 2015 às 08h07.

São Paulo – Um novo vírus para smartphones com sistema operacional Android é capaz de destruir o seu aparelho. O programa malicioso entra na raiz do sistema e é muito difícil de ser removido, exigindo a troca do dispositivo, em alguns casos.

A empresa de segurança digital Lookout encontrou 20.000 amostras de apps com três vírus: Shedun, Shuanet e ShiftyBug. Essa família de malware compartilha quase o mesmo cógido e utiliza técnicas similares de infecção. 

Os aplicativos que contêm esse código podem entrar no smartphone da vítima por meio da instalação a partir de fontes desconhecidas (ou seja, de fora da Google Play Store ou da Amazon App Store) e são capazes de remover a proteção que o Google coloca sobre a raiz do sistema, um processo conhecido como root.

Depois de fazer isso, esses apps se disfarçam de outros mais conhecidos, como Facebook, WhatsApp ou Candy Crush. Com isso, o vírus pode abrir as portas para mais conteúdos maliciosos, como outros vírus ou propagandas indesejadas.

"Para as pessoas, ter o smartphone infectado com o Shedun, o Shuanet ou o ShiftyBug significa uma viagem a uma loja para comprar um aparelho novo", de acordo com o pesquisador de segurança digital Michael Bentley, da Lookout.

A técnica que essa família de malware usa para fazer o root nos dispositivos Android não é nova. Ela é usada por programas utilizados por usuários avançados para que seja possível instalar aplicativos que precisam do root ou para remover apps que vêm instalados de fábrica. A diferença é que esses vírus removem essa camada protetora de software sem que os consumidores saibam.

Para Bentley, essa prática será adotada cada vez mais no futuro. "Acreditamos que mais famílias de adware que se disfarçam de aplicativos populares irão emergir em um futuro próximo e elas buscarão chegar à área reservada do sistema para evitar que sejam removidas", segundo o pesquisador.

A instalação de aplicativos que venham de fora de lojas oficiais não é recomendada no Android. No iOS, essa prática é proibida pela Apple – apesar de existirem formas de driblar essa proteção.

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