Celular: é hora de trocar? Veja quais recursos analisar antes da compra (Jorg Greuel/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 27 de novembro de 2020 às 09h28.
Última atualização em 21 de dezembro de 2020 às 16h20.
Black Friday, Natal, aniversário e até dia das crianças. Com qualquer um desses eventos, chega a vontade de muitos brasileiros: a de comprar um celular novo. A missão pode parecer bastante complicada com tantas ofertas e opções aparecendo na internet.
Por isso, a EXAME preparou um guia do que deve ser levado em conta na hora de trocar de smartphone. Duração de bateria, qualidade da câmera, resolução da tela, preço... Todos esses itens são importantes para escolher o melhor dispositivo. Confira abaixo:
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Um dos pontos mais importantes é a duração da bateria do smartphone --- tanto a do que se planeja comprar quanto a do aparelho antigo. O ideal é escolher celulares com baterias com capacidade superior a 3.000 mAh, uma vez que as telas de celulares têm ficado cada vez maiores e com mais resolução, o que acaba consumindo mais energia.
Aparelhos com menor capacidade de bateria podem deixar o usuário dependente de carregadores portáteis para se locomover durante o dia. Baterias com níveis superiores de miliampere-hora (mAh) costumam durar mais de um dia.
Na hora de escolher um celular pela câmera, é preciso avaliar alguns pontos importantes. Começando pelo básico: qual é o número de câmeras que o smartphone tem?
O que muda com isso é capacidade de fotografar em diferentes modos. As câmeras adicionais, em termos de comparação, funcionam como as lentes que você troca em uma câmera DSLR.
Amplitude comum 80º: Todos os celulares terão uma câmera com a amplitude tradicional de 80º. Essa, normalmente, é a câmera iniciada logo que você abre o aplicativo para tirar uma foto.
Amplitude ultra-wide (ultra grande angular) 120º: Essa câmera está presente em muitos celulares atuais, mas era raridade em um passado nem tão distante. Ela funciona como a câmera de ação GoPro, oferecendo uma capacidade de enquadramento de várias pessoas ou de uma ampla paisagem sem que o usuário precise dar vários passos para trás.
Câmera telefoto: A câmera telefoto é aquela usada para retratos. Ela tem uma distância focal que aproxima a pessoa da câmera sem que seja preciso dar alguns passos para a frente. O uso combinado desta câmera com outra ou com recurso de inteligência artificial gera o efeito bokeh, que desfoca o fundo dos retratos.
Câmera macro: Você já tentou tirar uma foto de um detalhe de um objeto? Se sim, sua foto saiu desfocada porque seu aparelho não tem uma câmera macro. Esse tipo de câmera é dedicada a fotos tiradas com distância de 3 a 5 centímetros de distância.
Abertura: A abertura da lente é essencial para a quantidade de luz que é captada pelo sensor. A lógica ao olhar este número é inversa ao que é intuitivo. Quanto menor, melhor para fotografar em ambientes mal iluminados.
Nessa situação, uma câmera com abertura de f/1.7 se sai melhor do que uma f/2.4. No entanto, essas câmeras não são tão boas para registrar imagens muito iluminados.
Por isso, os celulares que têm múltiplas câmeras têm aberturas diferentes para fotografar dentro de casa ou uma ampla paisagem sem perder a qualidade de imagem.
Filmagem: A filmagem deve ser levada em conta pelas pessoas que pretendem usar o celular como uma filmadora no dia a dia ou em viagens. A resolução, hoje, pode ser Full HD, 4K ou 8K.
Além disso, é importante se atentar ao número de quadros por segundo que são registrados durante um vídeo. Normalmente, variam entre 30 e 60.
Quanto mais quadros, mais suaves serão os movimentos registrados em cena e a qualidade geral do vídeo fica melhor.
Resolução da tela
Se o foco é escolher um celular baseado na resolução que ele oferece, é importante entender algumas coisas. Quanto maior a resolução, maior a qualidade das produções exibidas na tela. Por exemplo, se a ideia for passar dias e noites maratonando séries e filmes em plataformas de streaming ou jogando, este é um item que precisa ser levado em conta.
Mais importante do que o tamanho, a quantidade de pixels é o que deve ser observada --- são eles que deixam as imagens vistas no smartphone mais ou menos nítidas.
HD: é a resolução de alta definição, com 1280 x 720 pixels, comumente vista em celulares de entrada ou intermediário. Essa configuração, uma das mais básicas, é o suficiente para quem busca um celular mais simples para desempenhar as funcionalidades diárias. São exemplos de telas HD o LG K11+, o Moto G G6 Play e o Galaxy J8.
Full HD: com 1920 x 1080 pixels, é superior ao HD e consegue reproduzir imagens com maior qualidade e nitidez. É comum encontrar essa configuração em celulares top de linha ou intermediários, como o Galaxy A7 e o Redmi 9.
Resolução Quad HD (QHD): menos comum em smartphones por ter levantado críticas em relação a duração de bateria e a diferenças imperceptíveis em relação ao Full HD, a resolução QHD é mais comum em notebooks e televisores, com 2.560 x 1.440 pixels. É o caso de aparelhos como o Galaxy S20, da Samsung, ou o Edge+, da Motorola.
Retina: é o nome dado para a resolução das telas dos iPhones desde o lançamento do iPhone 4, há dez anos. Em 2010, Steve Jobs afirmou que os PPI (indicador exato da quantidade de pixels em uma polegada de tela) do aparelho eram capazes de ultrapassar os dos olhos humanos --- o iPhone 4 tinha 326 ppi, enquanto a capacidade de distinção do nosso olho é de 300 ppi, segundo a Apple.
Jobs queria, na época, que a sua empresa conseguisse comprimir quatro vezes mais pixels em um smartphone do que as demais companhias. É por isso que as telas dos iPhones parecem bastante nítidas. O iPhone 11, por exemplo, possui uma resolução de 458 ppi, enquanto o SE (versão mais barata) tem 326 ppi, como o precursor iPhone 4.
Sistema Operacional
iOS ou Android? Vale pensar se é o desejo do usuário é se manter com um sistema operacional conhecido ou se é hora de se aventurar e comprar um smartphone totalmente diferente do que se tem.
iOS: é o sistema operacional utilizado em todos os dispositivos da Apple.
Android: é o sistema operacional encontrado em celulares de marcas como Samsung, LG, Xiaomi, entre outros.
Vale estar atendo aos smartphones mais recentes. São eles que tendem a ter o maior ciclo de atualizações de softtware. No caso do Android, as atualização são fragmentadas, passando por elos da cadeia de mercado como Google, fabricantes e operadoras, além de intermediários. No caso da Apple, a atualização vai diretamente da empresa para os celulares dos consumidores, um procedimento conhecido como over the air.
Quem já perdeu um celular porque ele caiu na água sabe o valor de um aparelho resistente à água.
A proteção máxima que há no mercado hoje é a certificação IP68, contra água e poeira.
O aparelho pode ser submerso em água doce por tempo e profundidade indicados pelas fabricantes.