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Vacinas falsas da covid-19 estão sendo vendidas na deep web

Em um dos anúncios, o suposto vendedor afirmava que seriam necessárias 14 doses do imunizante para estar protegido do novo coronavírus, o que não é verdade

Vacina: campanhas de vacinação ainda estão no começo nos Estados Unidos e no Reino Unido (Frank Augstein/Reuters)
LP

Laura Pancini

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 16h42.

Última atualização em 18 de dezembro de 2020 às 16h52.

Na medida em que as vacinas contra o coronavírus vão sendo aprovadas para uso em diversos países, versões falsas dos imunizantes já começam a aparecer no mercado paralelo. Segundo a empresa de segurança digital Check Point Software, já é possível encontrar anúncios de vendas de vacinas na internet, principalmente na deep web.

A informação é de um relatório divulgado pela empresa israelense. Foram encontrados fornecedores vendendo "vacinas" por 0,01 bitcoin (algo em torno de 230 dólares na cotação do momento da publicação desta reportagem). Transações que utilizam a moeda virtual são mais difíceis de serem rastreadas.

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"Nossos dados mostram que desde o início de novembro foram registrados 1.062 novos sites com a palavra “vacina”, dos quais 400 têm as palavras “covid” ou “corona”", disse a empresa em seu blog.

No início de dezembro, a Europol já emitiu um alerta sobre crimes relacionados com vacinas. Com a aprovação de mais vacinas nos próximos meses, essa prática deve se tornar mais comum.

A deep web é uma parte da internet que não pode ser acessada por meios convencionais e também não é indexada em serviços de busca tradicionais, como Google e Bing, por exemplo. Sites e fóruns que atuam com atividades ilegais, como tráfico de drogas, são mais encontrados neste espaço.

Em um dos anúncios reportados pela Check Point, o suposto vendedor afirmavam que seriam necessárias 14 doses da vacina para conseguir imunidade ao vírus SARS-CoV-2. Isso não é verdade. A maioria das vacinas na última fase de testes necessita apenas de duas doses.

Outro anúncio reportado estava relacionado com o comércio de hidroxicloroquina, medicamento usado para casos de malária e que ganhou espaço nos últimos meses como uma suposta cura para o novo coronavírus. Estudos mostram que o remédio pode ser ineficaz no tratamento da covid-19.

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