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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.
Todas as noites e madrugadas, armam-se verdadeiras operações de guerra dentro dos armazéns da Casas Bahia. A meta: cumprir as entregas diárias em 24 000 endereços diferentes, localizados em oito estados brasileiros. Logística, portanto, é parte crítica da operação da empresa, especialmente porque tudo é feito com recursos e funcionários da casa, incluindo uma legião de 1 000 motoristas.
Localizado em Jundiaí, no interior paulista, o principal centro de distribuição da empresa possui 170 000 metros quadrados cobertos, sendo considerado o maior da América Latina. Todos os dias, 260 caminhões com o inconfundível baianinho estampado no baú partem do depósito central para realizar as entregas aos clientes. Outros 45 fazem o mesmo, mas para abastecer as lojas com produtos eletroportáteis, enquanto 60 carretas levam mercadorias aos entrepostos localizados nos demais estados -- à exceção do Rio de Janeiro -- não possuem armazéns.
O movimento não pára por aí. O depósito de Jundiaí recebe, em média, 180 carretas de fornecedores diariamente. No total, 2 400 pessoas labutam no armazém, que também é munido de muita tecnologia para funcionar.
A integração do software de logística com o sistema de identificação dos produtos por código de barras é o que permite a localização dos produtos dentro do depósito e também o controle da entrada e saída das mercadorias. Todos os racks, onde são empilhadas as mercadorias, possuem uma placa com código de barras. Assim é possível saber, por exemplo, quantos fogões há em determinado rack com a simples aproximação de um leitor.
As vendas realizadas nas lojas são repassadas automaticamente para o sistema de logística da empresa. Ao final do dia, o sistema imprime milhares de etiquetas com código de barras que contêm a descrição de cada produto, além do endereço da entrega e o nome do cliente que o comprou.
Munida dessas informações, uma equipe do depósito faz a "puxada de mercadoria". Essa etapa consiste na separação dos produtos, que são devidamente etiquetados e encaminhados para um dos 420 boxes -- espécie de garagem onde os caminhões são carregados. Esses boxes ladeiam todo o armazém.
A entrada de cada produto em cada um dos boxes também é informada ao sistema, que recebe previamente a programação das cargas. É na programação de cargas que são definidos o roteiro de cada caminhão e os produtos que cada veículo deverá entregar.
O sistema de logística também ajuda a calcular a quantidade de caminhões necessária para as entregas do dia, a partir do cálculo da capacidade do caminhão, em relação ao tamanho das mercadorias.
Mensalmente, mais de 1,2 milhão de itens entram e saem do depósito central da Casas Bahia. Haja braços e computadores para organizar esse mundaréu de fogões, geladeiras, camas, sofás e até botijões de gás.