"Um cara me ignorou só porque eu era mulher"
Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 17h57.
Última atualização em 10 de outubro de 2019 às 16h28.
Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia. Para saber mais sobre como elas estão se mobilizando em uma indústria historicamente masculina, veja a edição da revista INFO de Março.
Ana Martinez sempre gostou de matemática. No México, onde nasceu, suas brincadeiras favoritas eram resolver quebra-cabeças e brincar com o computador do pai. Depois de se formar em ciência da computação, foi fazer mestrado nos Estados Unidos e decidiu trabalhar em uma startup. Por isso, mesmo fazendo entrevistas para empresas maiores, como Google e Facebook, escolheu a Zendesk , que oferece software para a realização de eventos, como emissão de ingressos e controle de planilhas. Hoje, aos 26 anos, Ana é parte dos 10% de mulheres atuando na startup no Vale do Silício.
Eu sempre soube o que queria fazer, mas, para muita gente, era estranho uma garota gostar de ciência da computação, diz Ana, que cuida dos códigos que permitem aos clientes criar contas em outros idiomas. Para ela, que estudou em uma escola só de meninas, foi um choque ir para uma faculdade onde era a única garota de todo o departamento. Às vezes era estranho não ter uma amiga. Por exemplo, os garotos tinham seus programas no final de semana e nem sempre era algo para o qual eu estava convidada, diz.
Apesar de estranhar o ambiente, Ana diz nunca ter sofrido preconceito na faculdade o que não foi exatamente verdade no ambiente profissional. Em uma conferência, ela e um amigo conversavam com um desconhecido, que insistia em ignorar Ana. Ele perguntava alguma coisa sobre um projeto específico, e eu respondia. Ele me ignorava e perguntava de novo para meu colega como se não acreditasse no que eu estava falando, diz. Quer saber? Azar o dele.