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Twitter é processado por causa de vídeo de menor de idade

Em um primeiro momento, a rede social afirmou que o conteúdo não violava as normas do site

Twitter: a rede social se recusou a comentar os detalhes do processo (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

Twitter: a rede social se recusou a comentar os detalhes do processo (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)

LP

Laura Pancini

Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 10h16.

Um garoto menor de idade processou o Twitter por não remover um vídeo sexualmente explícito dele aos 13 anos de idade, postado por predadores. Ao receber as primeiras denúncias, a empresa disse que o conteúdo não violava as normas do site.

O vídeo foi publicado em 2019, três anos após o conteúdo ser feito, e chegou a ter 167.000 visualizações e 2.223 retuítes. De acordo com o processo divulgado nesta quarta-feira (20), era possível ver dois adolescentes de 13 anos em "atos ilícitos".

Na época, os predadores fingiram ser adolescentes para coagir o queixoso a enviar fotos e vídeos em atos sexuais. Quando ele bloqueou os criminosos, eles falaram ao garoto que ele havia cometido "um grande erro".

Após a publicação, o menor de idade, já com 17 anos na época, comprovou sua idade e identidade diversas vezes para a plataforma e sua mãe também entrou em contato para denunciar a conta. De acordo com o processo, o Twitter afirmou que havia revisado o conteúdo: "Não encontramos uma violação de nossas políticas, portanto, nenhuma ação será tomada", teria sido a resposta.

Além disso, diversos usuários do Twitter perceberam de forma independente que as pessoas no vídeo pareciam ser menores de idade. "Aquele garoto é menor?", questionou um usuário nas respostas do vídeo, de acordo com uma captura de tela incluída no processo. "Ambos são", respondeu outro.

O tuíte só foi removido no dia 30 de janeiro de 2020, nove dias após a primeira denúncia, quando a mãe do garoto pediu ajuda a um agente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, diz o processo.

O Twitter também suspendeu as contas de usuários envolvidos e as denunciou ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas. De acordo com a Business Insider, ainda não está claro o motivo da empresa afirmar, de primeira, que o conteúdo não violava as regras da rede social.

A rede social se recusou a comentar os detalhes do processo. "O Twitter tem tolerância zero para qualquer material que contenha ou promova a exploração sexual infantil. Nós lutamos contra o abuso sexual infantil online e investimos fortemente em tecnologia e ferramentas para cumprir nossa política", disse um porta-voz ao Business Insider.

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