Tecnologia

TV a cabo perde assinantes há uma década nos EUA

O número de assinantes de TV a cabo cai continuamente desde 2001 nos Estados Unidos, enquanto crescem a TV pela internet e via satélite

O serviço de vídeo sob demanda da Netflix é uma das opções que competem com a TV a cabo convencional (Divulgação)

O serviço de vídeo sob demanda da Netflix é uma das opções que competem com a TV a cabo convencional (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 15h16.

Chicago -- As empresas de TV a cabo americanas vêm perdendo assinantes desde 2001. Mas o negócio de TV paga, considerando-se todas as suas variantes, não encolheu naquele país. O que ocorre é que os assinantes estão migrando para TV via satélite e internet. Essa é a constatação que aparece nos números divulgados durante o evento Cable Show 2011, que termina hoje em Chicago, nos Estados Unidos. 

O mercado americano de TV a cabo fechou 2010 com 59,8 milhões de assinantes dos pacotes de vídeo. Foi menos do que em 2009, quando o número era de 62,1 milhões. As empresas dizem que essa queda reflete o elevado índice de imóveis desocupados. Mas o fato é que, desde 2001, quando a base de assinantes de vídeo chegou ao pico de 67 milhões, nunca mais houve um ano de crescimento positivo.

Isso se explica pelo crescimento da TV via satélite (também conhecida pela sigla DTH, de direct to home) nos EUA e pela oferta de serviços de vídeo por meio de outras tecnologias, como IPTV (via internet) e fibra óptica. A esse número de assinantes de serviços de TV a cabo, somam-se 35 milhões de assinantes da DirecTV e da Dish (operadoras via satélite) e pelo menos mais 6,5 milhões da AT&T e da Verizon (que operam com fibra óptica e IPTV).

Conteúdo digital

O que vem crescendo é a base de assinantes que já estão conectados a pacotes digitais. Eram 44,7 milhões no final do ano passado. Número muito parecido com o total de assinantes de banda larga por meio de cable modem, que era de 44,4 milhões. A base total de clientes de banda larga nos EUA, incluindo as demais tecnologias, era de 76,2 milhões em 2010, ou seja, o cabo tem a maior parte.


A base de assinantes de telefonia por redes de cabo nos EUA é de 24 milhões de clientes. As redes de cabo naquele país estão disponíveis para cerca de 128 milhões de lares, quase todos com serviço de banda larga e conteúdos em HDTV.

As receitas totais da indústria têm crescido consistentemente ano a ano e o mercado de TV a cabo nos EUA já fatura US$ 94 bilhões, dividido entre 1,1 mil operadoras e 565 canais. Esses dados foram todos compilados pela NCTA (associação de TV a cabo dos EUA) e pelo instituto Kagan Associates.

Futuro

Em termos de projeções futuras, um estudo da MagnaGlobal publicado pela publicação especializada Multichannel News mostra que o mercado de TV por assinatura em geral nos EUA (incluindo todas as tecnologias) deve fechar o ano com 106 milhões de assinantes de TV paga, número que deve crescer a 111 milhões até 2016.

Segundo o mesmo estudo, neste ano, deve haver 56 milhões de lares com capacidade de consumir conteúdos sob demanda, número que vai a 70 milhões até o final de 2016. Já o total de domicílios com DVR será de 43 milhões em 2011, indo a 61,8 milhões em 2016. São poucas as operadoras que abrem os dados de vídeo sob demanda com precisão. A Cox divulgou algumas informações, contudo, que mostram resultados expressivos. Segundo a operadora, ela tem 31 milhões de sessões de vídeo sob demanda por mês.

Se o mercado de banda larga nos EUA era de 76 milhões de usuários no final de 2010, neste ano deve passar de 80 milhões; e, em 2016, segundo as projeções da Cisco e da MagnaGlobal, chegará a quase 98 milhões de pessoas.

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