Dados capturados pelo MoMa não serão exibidos no formato do Google Street View, que permite ao usuário navegar pelas imagens, mas servir para aprimorar as informações disponíveis em mapas da empresa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 14h40.
São Paulo - A empresa holandesa de navegação TomTom iniciou este mês, no Brasil, a implementação de seu serviço de mapeamento móvel com o auxílio de imagens captadas por carros equipados com câmeras, sensores e GPS. Este método enriquece os dados coletados por meio de fontes oficiais, como prefeituras e órgãos públicos, além de imagens de satélites.
O programa, chamado MoMa, já é usado pela TomTom na Europa e, no Brasil, pretende capturar imagens de mais de 85 mil quilômetros de estradas e rodovias do país até o final de 2014. Esta primeira fase do projeto levará 18 meses para ser concluída. Cada veículo do projeto MoMa é equipado com uma câmera de alta definição, capaz de captar imagens em 360º. Além disso, os carros contam com cinco sensores a laser que permitem gerar uma “nuvem de pontos” ao redor do carro, identificando desvios, declives e obstáculos em torno do veículo.
Segundo a TomTom, os dados capturados pelo MoMa não serão exibidos em um formato similar ao Google Street View, que permite ao usuário navegar pelas imagens coletadas, mas sim servir para aprimorar as informações disponíveis em mapas da empresa e deixa-los mais precisos e detalhados. A empresa não descarta, no entanto, dar novos usos para o material coletado no futuro, como criar uma espécie de “rival” para o Google Street View.
Até o momento, conta Marcelo Fernandes, gerente de operações da TomTom, dez mil quilômetros de estradas do Estado de São Paulo já foram percorridos por veículos do MoMa, que identificaram mais de 17 mil alterações nos mapas da empresa. Entre as informações coletadas pelas imagens do MoMa estão mudanças nos limites de velocidade de ruas e rodovias, alterações de pista para novas vias com pedágios e até mesmo atualizações sobre restrições rodoviárias.
“Como o projeto MoMa contribui para elevar a qualidade e riqueza de atributos de nossos mapas, sua utilização é muito positiva para os serviços que oferece no Brasil. Ao longo dos próximos meses, todo o país será mapeado desta forma”, disse a INFO Marcelo Fernandes, gerente regional de operações de conteúdo da TomTom para América Latina.
As atualizações em mapas geradas a partir de imagens captadas pelo MoMa também serão incorporadas aos dados oferecidos pela comunidade MapShare, que permite aos usuários comuns informarem alterações em rotas que serão conferidas diretamente por uma equipe da TomTom. No total, cerca de 250 mil novas notificações de usuários são enviadas a TomTom todos os meses pelo serviço MapShare.|quebra|
Todas informações captadas pelo MoMa ou pelo serviço MapShare são categorizados, como, por exemplo, alteração de nome em uma via, modificação de mão de direção ou interdições temporárias. Para cada mudança, há uma equipe especializada para checar a procedência da informação e atualizá-la nos sistemas da TomTom.
“Além dos dados oficiais que obtemos de prefeituras e governos estaduais, as imagens geradas pelo MoMa irão auxiliar na aferição de nossos mapas com mais precisão. Mas, em casos extremos, nós podemos enviar uma equipe a campo para validar informações coletadas por imagens ou via usuário do MapShare”, disse Fernandes.
Os dados capturados pelo projeto MoMa serão transformados em melhorias nos mapas da TomTom e oferecidos aos usuários em updates futuros. A cada ano, a TomTom libera ao menos quatro grandes atualizações em seus mapas.
Conforme a empresa for completando as fases do projeto, os usuários receberão todas estas modificações em seu aparelho GPS ou nos aplicativos para Android e iOS da TomTom.