São Paulo – O plano de acesso à internet Infinity Web, da TIM, que custa desde R$ 0,50 e é comercializado na forma pré-paga, já chegou a 8,5 milhões de clientes. Somados aos clientes dos planos de dados pós-pagos, a TIM já chegou a mais de 11 milhões de clientes de internet, informa Luca Luciani, presidente da operadora, em entrevista à revista TELETIME deste mês de julho, que circula a partir desta semana. "Só com o Infinity Web temos mais clientes do que Oi e Telefônica", diz Luciani.

A estratégia de vender acesso à Internet por baixo custo da TIM parece estar dando certo. Segundo o presidente da TIM, a cada duas linhas pré-pagas ativadas hoje pela TIM, uma é usuária do Infinity Web. O plano, contudo, tem limitações. Segundo o regulamento, com o objetivo de "garantir o uso não nocivo da rede", a velocidade da transmissão de dados dminui drasticamente quando determinados limites são atingidos.

A TIM também está planejando uma nova estratégia, de lançar acesso à internet em parceria com a Telebrás. O acordo, que deve ser anunciado nos próximos dias, prevê o uso da rede da estatal pela operadora. Em troca, a TIM oferecerá o acesso dentro dos parâmetros de preço e qualidade exigidos pela Telebrás. As cidades que serão atendidas pelo plano ainda não foram divulgadas, mas a expectativa da TIM é ser um dos maiores parceiros da Telebrás.

Operadora dos Correios

Luciani também informa que está negociando com os Correios a prestação de serviços à estatal. A ideia é que os Correios passem a atuar como operadora virtual usando a rede da TIM – modo operação conhecido como MVNO (de "mobile virtual network operator"). Para ele, contudo, a modelagem de MVNO no Brasil é pouco atraente economicamente para os potenciais interessados. Mesmo assim, a TIM acredita que possa haver algumas operadoras virtuais no Brasil.

Outra estratégia importante da TIM será o atendimento da Região Norte com grande backbone de fibras ópticas que será construído até Manaus nos próximos 18 meses, em parceria com as empresas de energia da região. Aliás, as regiões Norte e Nordeste, segundo Luciani, devem consumir mais da metade dos recursos investidos pela TIM este ano.

A entrevista foi dada antes do acordo para a compra da AES Atimus, mas Luciani já contava com essa possibilidade para reforçar a sua rede de fibras ópticas no Sudeste. O próximo passo da TIM, em termos de infraestrutura, é reforçar a rede no Rio Grande do Sul, onde a operadora ainda tem presença tímida.