Maconha (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2014 às 05h43.
O jornal americano "The New York Times" publicou neste domingo um anúncio de uma página inteira da Leafly, um site voltado aos usuários de maconha que oferece informação sobre diferentes tipos de erva e os locais onde ela pode ser comprada de forma legal no país.
O anúncio publicitário apareceu na edição deste domingo, justamente uma semana depois do prestigiado jornal nova-iorquino ter reservado um editorial para defender a legalização da maconha em escala federal, um artigo que teve continuidade ao longo da semana com uma série dedicada à situação da droga no país.
No anúncio publicado hoje, o site Leafly felicita o estado de Nova York, pela recente aprovação da lei que autoriza a venda e o uso de maconha com fins médicos, e mostra um casal que supostamente utilizaram diferentes tipos de maconha para tratar seus problemas de saúde.
"Ian escolheu um tipo de maconha indicada para aliviar seus sintomas de esclerose múltipla", assinala o anúncio sobre o homem. "Enquanto combatia o câncer, Molly preferiu cannabis sativa", diz o texto que acompanha a imagem da mulher.
O site Leafly, sediado em Seattle, se apresenta como a "maior comunidade de informação sobre a maconha" e, através de sua página e aplicativos, oferece detalhes sobre todas variedades aos usuários, além de outras facilidades.
"Conforme as paredes da proibição caem, os pacientes passam a necessitar de um tipo de informação confiável e estabelecida que só a Leafly oferece", explicou em comunicado o executivo-chefe da companhia, Brendan Kennedy.
Um dia antes, no sábado, um grupo contrário à legalização da maconha publicou outro anúncio no "The New York Times", ilustrando o debate que existe no país sobre a substância.
Nos Estados Unidos, a maconha segue proibida sob as leis federais, embora vários estados tenham optado por dar sinal verde ao seu uso médico, algo que o governo não se opôs.
No total, 35 estados e o Distrito de Columbia permitem alguma forma de consumo da maconha com fins terapêuticos, enquanto vários descriminalizaram a posse de pequenas quantidades e dois, Colorado e Washington, legalizaram totalmente seu uso recreativo.