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Teste caseiro de HIV pode ajudar a combater epidemia

O autoteste, que é feito em casa e detecta a doença pela saliva, teve alta aceitabilidade, índice que variou de 74% a 96%


	Aids: o que facilitou a preferência tanto pelo autoteste supervisionado quanto pelo não supervisionado, segundo o estudo, foi “privacidade, anonimato, economia de tempo e conveniência”
 (Carsten Koall/Getty Images)

Aids: o que facilitou a preferência tanto pelo autoteste supervisionado quanto pelo não supervisionado, segundo o estudo, foi “privacidade, anonimato, economia de tempo e conveniência” (Carsten Koall/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 09h53.

São Paulo - Testes caseiros para detectar HIV podem ser uma alternativa para auxiliar no controle da epidemia de aids. Ainda hoje, o estigma e o medo impedem pessoas de comparecer a um centro de saúde para fazer o exame.

A conclusão é de uma revisão de estudos publicada na terça-feira (02) pela revista PloS Medicine. O trabalho, feito na Universidade McGill, no Canadá, levou em conta 21 pesquisas anteriores que avaliaram a estratégia do autoteste em sete países. Ao todo, 12.402 indivíduos participaram.

O autoteste, que é feito em casa e detecta a doença pela saliva, teve alta aceitabilidade, índice que variou de 74% a 96%. Entre 61% e 91% dos voluntários declararam preferir o teste caseiro ao feito em unidades de saúde.

O que facilitou a preferência tanto pelo autoteste supervisionado quanto pelo não supervisionado, segundo o estudo, foi “privacidade, anonimato, economia de tempo e conveniência”.

Uma das autoras, Nitika Pant Pai, cita que mesmo na América no Norte a discriminação contra o diagnóstico de HIV ainda é excessivo. “Tanto é que 40% dos pacientes com HIV dos EUA aparecem nos hospitais com uma infecção avançada”, diz.

No Brasil, esse teste não é aprovado. Para Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids-SP, a estratégia deveria ser testada no País. “Hoje, identificamos como principal estratégia a realização de testes nos serviços de saúde, com acolhimento e orientação.”

Para o infectologista Olavo Henrique Munhoz Leite, da Faculdade de Medicina do ABC, os resultados representam uma quebra de paradigma. “

Passamos anos a fio falando da importância do aconselhamento pré-teste. Mas os resultados mostram que as pessoas aderem muito mais fazendo o teste sozinhas em casa.”

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