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Telefônica investe R$ 35 milhões para mudar Speedy

Numa tentativa de tornar o acesso à internet em banda larga mais acessível, a Telefônica mudou a estratégia de negócios do Speedy, seu serviço de internet rápida que atualmente conta com 400 mil usuários. As mudanças anunciadas nesta segunda-feira (15/9) envolvem preço (que caiu), velocidade de acesso (que aumentou), novos serviços (como o Speedy Condomínio) […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h23.

Numa tentativa de tornar o acesso à internet em banda larga mais acessível, a Telefônica mudou a estratégia de negócios do Speedy, seu serviço de internet rápida que atualmente conta com 400 mil usuários. As mudanças anunciadas nesta segunda-feira (15/9) envolvem preço (que caiu), velocidade de acesso (que aumentou), novos serviços (como o Speedy Condomínio) e - a grande novidade - a limitação, em gigabytes, de troca de dados.

As mudanças consumiram pelo menos 35 milhões de reais em investimentos - 20 milhões em infra-estrutura e 15 milhões em publicidade. A meta da empresa é chegar ao final de 2004 com pelo menos 700 mil assinantes. "Numa previsão mais otimista, este número pode chegar a 1 milhão", afirma Manoel Amorim, presidente da Telefônica. O investimento previsto para até o final do ano que vem, só em infra-estrutura, é de 100 milhões de reais.

Para começar, o pacote básico do Speedy mudou de velocidade: dos atuais 256 Kbps, passou para 300 Kbps - e o preço, contando a mensalidade do provedor e o custo do modem caiu cerca de 19%. O pacote que possui preço semelhante ao do pacote atual de 256 Kbps é o de velocidade de 450 Kbps - o que diminui o custo para o usuário em 57%. De acordo com Fábio Bruggioni, diretor de negócios de internet da Telefônica, a expectativa é de que 80% dos atuais usuários do pacote básico (que representam 92% da base total de assinantes) migrem para o pacote de 450 Kbps. "A migração, no entanto, não é obrigatória", afirma ele. "Quem quiser continuar do jeito que está, pode. Quem quiser mudar, basta ligar para o nosso call center e a migração será automática."

Além dos pacotes de 300 Kbps e 450 Kbps, a Telefônica lançou também o de 600 Kbps. Além de uma adequação em relação ao preço dos serviços, a variação do portifólio do Speedy também tem como objetivo equilibrar a utilização da rede banda larga. "Criamos pacotes que acreditamos serem mais adequados ao perfil dos usuários de banda largar", diz Bruggioni. Ele explica que apenas 5% dos assinantes do Speedy são responsáveis por 60% do tráfego total da rede. Isso significa que, na prática, a grande maioria dos assinantes do Speedy paga mais caro pelo serviço do que a minoria, que usa mais. "O desequilíbrio também gera problemas com a qualidade na prestação do serviço", diz Bruggioni. "As novas opções de pacotes reacomoda os usuários e ajuda a equilibrar a utilização da rede."

Mas a principal medida tomada pela empresa para otimizar o uso da rede do Speedy foi a de limitar a quantidade de dados que cada internauta poderá acessar. Segundo a operadora, tirando os tais 5% de assinantes que geram muito tráfego, a média mensal de troca de dados, por usuário, é de 3 gigabytes. Com este número como referência, a Telefônica estipulou limites de uso para cada tipo de pacote. O de 300 Kbps tem limite de 3 GB por mês; o de 450 Kbps, de 10,5 GB; e o de 600 Kbps, de 15 GB. Cada megabyte usado acima do estipulado significará 0,10 reais a mais na conta. "Nos três primeiros meses do novo Speedy, este excesso não será cobrado", afirma Amorim.

Outra aposta da Telefônica para aumentar a base de usuários da banda larga é o Speedy Condomínio, que irá atender prédios residenciais novos e antigos. Apesar da adesão ser coletiva, os canais de conexão serão independentes - e o preço para cada assinante ficará entre 10% e 15% abaixo do cobrado pelas assinaturas individuais. A meta, segundo Bruggioni, é alcançar 1 500 edifícios até o final de 2004.

Para suportar os novos serviços e o provável aumento do uso da rede, a Telefônica investiu em infra-estrutura. Os chamados pontos de convergência da rede IP, que eram mais de 254 na cidade de São Paulo, foram reduzidos para apenas dois. Em outras palavras: os "cruzamentos" de canais que congestionam a rede diminuíram. Além disso, a área de cobertura do acesso foi estendida em cerca de 4 pontos percentuais. Também traduzindo: mais residências passaram a ser apta para receber o serviço, que atualmente é oferecido para 90% da população dos 140 maiores municípios do estado de São Paulo.

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