Carro-conceito Concept You, da Volvo: a pesquisa entrevistou 4.200 donos de carros novos nos Estados Unidos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2016 às 18h04.
Cerca de 10% do valor de um carro corresponde ao que se paga por equipamentos de conectividade.
Porém, um estudo americano da consultoria JD Power revela que poucos proprietários usam todos os recursos oferecidos.
Serviços de concierge e wi-fi são os líderes de desprezo dos proprietários. A maioria dos respondentes afirma que o recurso indesejado veio como equipamento de série. Outra reclamação recorrente foi a falta de explicações no momento da compra do carro.
"Quando o consumidor nem é apresentado aos recursos da central multimídia, há uma probabilidade enorme de ele nunca utilizar a tecnologia. Ou pior, nem saber de sua existência", explica Kristin Kolodge, diretora da JD Power.
A pesquisa entrevistou 4.200 donos de carros novos nos Estados Unidos. O estudo selecionou apenas recém-proprietários, três meses após a compra.
Segundo os pesquisadores, nesse período os motoristas têm a maior chance de adotar as novas soluções tecnológicas do carro.
"Os primeiros 30 dias são críticos. As fabricantes precisam acertar de primeira. Os sistemas precisam ser intuitivos ou, então, os consumidores usarão seus celulares."
A pesquisa mostra ainda que quem tem entre 21 e 38 anos usa mais o smartphone dentro do carro, preferindo o aparelho à central multimídia.
"Esses consumidores já estão familiarizados com a operação dos celulares e, em sua maioria, os consideram mais precisos", afirma Kristin.
Por causa disso, 20% dos entrevistados disseram não verem necessidade de ter em seu próximo carro sistemas como o Apple CarPlay e Android Auto.
Os recursos menos utilizados:
- Serviço de concierge - 43%
- Wi-fi - 38%
- Park Assist - 35%
- Head-up display - 33%
- App da marca - 33%
Os recursos mais utilizados:
- Alerta de ponto cego
- Sensor de estacionamento sonoro ou por câmera
- Sistemas que evitam colisão, como a frenagem automática