Redatora
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 11h59.
Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 12h10.
Os gigantes sul-coreanos LG e Samsung estão reforçando seus investimentos em displays de tecnologia OLED para enfrentar a crescente concorrência das fabricantes chinesas. Na CES 2024, maior feira de tecnologia do mundo, a Samsung apresentou uma tela expansível que pode esticar até cerca de 42 centímetros. O painel será utilizado em notebooks da Lenovo, que devem chegar ao mercado em junho deste ano com preços a partir de US$ 3,5 mil.
Além disso, a Samsung anunciou um investimento de 4,1 trilhões de won (aproximadamente R$ 16,6 bilhões) para construir uma nova linha de produção de painéis de LED, prevista para começar a operar em 2026.
Já a LG aposta em telas OLED para TVs com um novo processador de inteligência artificial, o Alpha 11. Segundo a empresa, a nova tecnologia aprimora o controle da luz e os algoritmos de imagem, permitindo um brilho até três vezes maior em comparação aos modelos anteriores.
As duas companhias começaram a desenvolver painéis OLED por volta de 2010 para diversos segmentos, incluindo smartphones e automóveis, e ainda dominam esse setor. Juntas, LG e Samsung detiveram 66% do mercado de painéis OLED em 2024, segundo o site de notícias Nikkei Asia. No entanto, a participação da Samsung caiu para 42,2%, ficando abaixo de 50% pela primeira vez.
Enquanto isso, fabricantes chinesas vêm ganhando terreno, com um total de 33% de participação no mercado OLED. Esse crescimento é impulsionado pela produção de painéis menores, como os utilizados em smartphones, que são mais fáceis de fabricar. A empresa BOE, principal concorrente da Samsung nesse setor, ampliou sua fatia para 13,2% e está construindo uma nova fábrica de painéis OLED, com previsão de início da produção em 2026. No segmento de telas menores, as marcas chinesas podem ultrapassar as sul-coreanas nos próximos anos.
A concorrência crescente tem pressionado os negócios das fabricantes sul-coreanas. A divisão de telas da Samsung registrou queda de 18,6% no lucro operacional entre janeiro e setembro de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já a LG Display acumulou perda operacional de US$ 391 milhões no ano passado, marcando seu terceiro ano consecutivo de prejuízo.