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Suicídio de adolescente coloca intimidação online em destaque

Boston - O caso de uma adolescente de Massachusetts que cometeu suicídio após uma campanha incansável de intimidação que durou meses demonstra a maneira pela qual comportamentos comuns nas escolas estão evoluindo de maneiras novas e perigosas na internet. Seis alunos estão enfrentando acusações criminais pela morte de Phoebe Prince, 15, que se suicidou por […]

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2010 às 22h40.

Boston - O caso de uma adolescente de Massachusetts que cometeu suicídio após uma campanha incansável de intimidação que durou meses demonstra a maneira pela qual comportamentos comuns nas escolas estão evoluindo de maneiras novas e perigosas na internet.

Seis alunos estão enfrentando acusações criminais pela morte de Phoebe Prince, 15, que se suicidou por enforcamento em janeiro depois de ser submetida a agressões verbais e ameaças de agressões físicas. Parte dessa intimidações aconteceu online no Facebook, por meio de mensagens de texto e por outros métodos de alta tecnologia, o que representa um desdobramento contemporâneo para práticas já antigas, disseram especialistas.

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A intimidação a Prince "excedeu em muito os limites normais nas disputas encontradas em relacionamentos adolescentes", disse Elizabeth Scheibel, promotora encarregada do caso em South Hadley, Massachusetts.

Prince se tornou alvo de insultos depois de namorar um aluno popular da escola, jogador de futebol americano, que também saía com uma das meninas acusadas. Prince era novata na escola, tendo chegado recentemente da Irlanda e estudado anteriormente em um colégio interno naquele país.

As meninas acusadas estão sofrendo ataques online depois da morte de Prince, com sites falsos vinculados aos seus nomes e exibindo links para matérias da mídia sobre o caso. Os sites atraíram grande volume de comentários e ameaças anônimos.

Alegações de que os dirigentes da escola estavam cientes da intimidação mas nada fizeram para combatê-la causaram indignação.

"As ações - ou inações - de alguns dos adultos da escola são preocupantes", afirmou Scheibel.

Mas nenhum adulto foi acusado no caso. Scheibel diz que o fato de não terem ajudado não constitui comportamento criminoso.

"A escola sabia alguma coisa", disse Judith Vessey, professora da Connell School of Nursing, no Boston College, que pesquisou extensamente sobre casos de intimidação. "A mãe sabia alguma coisa. Amigos e observadores sabiam. Muita gente sabia do que estava acontecendo e poderia ter interferido".

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