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Suécia recomenda que crianças menores de 2 anos não tenham acesso às telas

Nova recomendação foi emitida nesta semana e demonstra posição mais dura do país sobre o tema

Alguns países recomendam nenhuma mídia digital antes dos 18 meses (Sally Anscombe/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10h17.

As autoridades de saúde pública da Suécia emitiram nesta última semana uma recomendação para que crianças menores de 2 anos não usem nenhuma mídia digital.

A intenção da política sueca é reduzir as distrações, promover o desenvolvimento saudável e ajudar a preservar a "inocência" da infância. Mas alguns especialistas se perguntam se a orientação pode ser muito irrealista e muito crítica para ser mantida.

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"Temos que retomar o controle", disse Jakob Forssmed, ministro de assuntos sociais e saúde pública, e dar às crianças "a capacidade de ter um tipo diferente de infância", segundo relatou o New York Times.

Recomendações da Suécia

Existem quatro categorias principais para as novas recomendações de tempo de tela da Suécia:

E como funciona nos outros países?

Especialistas em saúde infantil nos Estados Unidos e na Irlanda recomendamnenhuma tela antes dos 18 meses, exceto para bate-papos por vídeo com adultos que eles conhecem. Isso salta para 2 anos para especialistas no Canadá e na Austrália, que, como a Suécia, não abre exceções para bate-papos, de acordo com o NYT.

A França pode tomar uma medida ainda mais dura. O presidente Emmanuel Macron encomendou um relatório, publicado em abril, que recomendava quecrianças menores de 3 anos não fossem expostas a telas — incluindo televisão.

Um estudo com cerca de 7.100 pares de mães e filhos, publicado no ano passado no JAMA Pediatrics, descobriu que mais tempo de tela no primeiro ano de idade estava associado a atrasos no desenvolvimento da comunicação e resolução de problemas quando as crianças tinham entre 2 e 4 anos.

Muitos desses estudos foram influenciados por um relatório publicado pela UNESCO em 2023 que descobriu que o uso de smartphones pode atrapalhar o aprendizado em sala de aula. O relatório disse que cerca 20% dos países tinham uma proibição de telefone celular em sala de aula. Um ano depois, esse número passou para 30%.

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