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Startup do fundador do Waze muda para garantir manutenção do seu carro

Dispositivo Bluetooth que identifica problemas veiculares agora tem plataforma de comunicação em tempo real

(Engie App/Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 05h55.

Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 05h55.

São Paulo – A startup israelense Engie, que tem entre seus fundadores Uri Levine, um dos criadores do aplicativo de mapas Waze , fez uma mudança em seu modelo de negócios para oferecer uma plataforma digital de manutenção veicular para oficinas. A startup, que já captou 9,5 milhões de dólares em rodadas de financiamento, vendia um dispositivo veicular com conexão Bluetooth que alertava o usuário sobre problemas no carro. Apesar de manter a venda direta em seu site, a Engie agora trabalha com oficinas em mercados como Brasil, Estados Unidos, Israel, México e Equador, para oferecer um software que oferece dados em tempo real sobre a manutenção necessária nos veículos de seus clientes.

O dispositivo Bluetooth da startup se comunica com o smartphone do usuário por meio de um aplicativo, também chamado Engie. Ele recebe os dados coletados a partir da conexão veicular com a porta OBDII (presente nos carros lançados nesta década), que fica abaixo do volante. Com os dados fornecidos pelo produto chamado Engie Connect, que incluem a quilometragem do carro, as oficinas agora podem entrar em contato na hora certa da manutenção com os clientes por meio de mensagens no aplicativo, e-mails ou ligações telefônicas.

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Segundo a startup, a aparelho conectado é capaz de identificar 85% das falhas veiculares mais comuns. Todos os carros que usam motor a combustão têm suporte ao dispositivo Engie, incluindo modelos de motorização híbrida (que têm dois motores, sendo um deles elétrico), uma melhoria recente) feita na plataforma da empresa de tecnologia. Veículos totalmente elétricos, como o Nissan Leaf, que chega ao Brasil neste ano, ainda não podem ser avaliados pelo dispositivo Bluetooth da Engie -- mas essa melhoria estar planejada.

A mudança de curso noa negócios se deu em razão do retorno que a startup recebeu de seus usuários desde que lançou seu produto voltado ao mercado de consumo, afirmou Noa Segol, diretora de marketing da Engie, em entrevista a EXAME. Apesar de o mercado brasileiro ter uma participação que a Engie considera "relevante" no contexto global, o número exato de oficinas parceiras no Brasil não foi revelado ("são dúzias", diz a porta-voz) . No futuro, a startup almeja a expansão global para novos mercados, além de ter um foco especial no mercado americano, cujo território é extenso.

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