Startup cria pó de alimentos vencidos para combater fome
O FoPo Food Powder é um pó que aumenta a validade de uma fruta de duas semanas para dois anos
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2015 às 21h39.
São Paulo - Uma startup sueca criou uma tecnologia que desidrata frutas vencidas e as transforma em um pó, cujo objetivo é solucionar um terrível paradoxo: enquanto quase um bilhão de pessoas no mundo sofre com a fome , o resto do planeta desperdiça cada vez mais comida.
Segundo a ONU, cerca de 1,76 milhão de toneladas de comida é desperdiçada por ano no mundo, quase 40% de tudo que é produzido, algo que gera um prejuízo de 2,36 trilhões de reais para a economia global.
Segundo o Programa Alimentar Mundial, uma agência ligada às Nações Unidas, 795 milhões de pessoas no planeta não têm comida suficiente para ter uma vida saudável.
A razão mais comum para a larga escala desse desperdício é o consumo desenfreado de alimentos, principalmente nos países mais desenvolvidos.
As pessoas compram ou preparam mais comida do que precisam. Além disso, existe o costume de jogar fora alimentos que ultrapassam a data de vencimento, sem que eles tenham sido consumidos.
Para tentar solucionar esse problema, um grupo de estudantes de pós-graduação na Suécia criou um produto chamado FoPo Food Powder.
A ideia é simples: os alimentos são estragados pelas bactérias, e as bactérias amam água. Ao desidratar a comida, ela irá demorar mais tempo para estragar.
Seco, o alimento é pulverizado e transformado em um pó colorido que aumenta a validade da fruta de duas semanas para dois anos.
As frutas usadas no FoPo são compradas de agricultores e varejistas, normalmente na véspera de sua data de vencimento. Assim, os alimentos podem ser comprados por um valor menor, mas que não irá gerar prejuízo para quem está vendendo.
A startup foi criada por Kent Ngo, engenheiro mecânico, Gerald Marin e Vita Jarolimkova, especialistas em inovação alimentar.
"Não queremos criar um novo produto ou tecnologia, mas criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar", afirmou Marin ao site Mashable.
A ambição da FoPo é alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050, reduzindo 40% do desperdício dos alimentos produzidos no planeta.
O pó está disponível em três sabores diferentes: banana, framboesa e manga (o desenvolvimento de uma versão de abacaxi deve terminar nos próximos meses).
O produto final retém entre 30% e 80% do valor nutricional do alimento original e pode ser colocado sobre iogurtes e sorvetes, usado em bolos ou misturado com vitaminas.
A bem sucedida campanha de financiamento da FoPo no Kickstarter superou a meta de arrecadação em quase 50 mil reais e deve começar a entregar os primeiros produtos para os primeiros doadores em agosto.
Os fundos arrecadados serão usados para que a empresa encontre um fabricante confiável para os produtos e teste os alimentos.
Atualmente, a startup participa de um projeto piloto nas Filipinas, onde fazendas locais estão doando mangas e abacaxis para uma primeira carga, que será financiada pelo governo filipino e a Organização das Nações Unidas para Alimento e Agricultura.
Estima-se que cerca de 20% das crianças filipinas tenham problemas de nutrição, agravados pela quantidade de catástrofes que atingem o país todos os anos.
São Paulo - Uma startup sueca criou uma tecnologia que desidrata frutas vencidas e as transforma em um pó, cujo objetivo é solucionar um terrível paradoxo: enquanto quase um bilhão de pessoas no mundo sofre com a fome , o resto do planeta desperdiça cada vez mais comida.
Segundo a ONU, cerca de 1,76 milhão de toneladas de comida é desperdiçada por ano no mundo, quase 40% de tudo que é produzido, algo que gera um prejuízo de 2,36 trilhões de reais para a economia global.
Segundo o Programa Alimentar Mundial, uma agência ligada às Nações Unidas, 795 milhões de pessoas no planeta não têm comida suficiente para ter uma vida saudável.
A razão mais comum para a larga escala desse desperdício é o consumo desenfreado de alimentos, principalmente nos países mais desenvolvidos.
As pessoas compram ou preparam mais comida do que precisam. Além disso, existe o costume de jogar fora alimentos que ultrapassam a data de vencimento, sem que eles tenham sido consumidos.
Para tentar solucionar esse problema, um grupo de estudantes de pós-graduação na Suécia criou um produto chamado FoPo Food Powder.
A ideia é simples: os alimentos são estragados pelas bactérias, e as bactérias amam água. Ao desidratar a comida, ela irá demorar mais tempo para estragar.
Seco, o alimento é pulverizado e transformado em um pó colorido que aumenta a validade da fruta de duas semanas para dois anos.
As frutas usadas no FoPo são compradas de agricultores e varejistas, normalmente na véspera de sua data de vencimento. Assim, os alimentos podem ser comprados por um valor menor, mas que não irá gerar prejuízo para quem está vendendo.
A startup foi criada por Kent Ngo, engenheiro mecânico, Gerald Marin e Vita Jarolimkova, especialistas em inovação alimentar.
"Não queremos criar um novo produto ou tecnologia, mas criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar", afirmou Marin ao site Mashable.
A ambição da FoPo é alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050, reduzindo 40% do desperdício dos alimentos produzidos no planeta.
O pó está disponível em três sabores diferentes: banana, framboesa e manga (o desenvolvimento de uma versão de abacaxi deve terminar nos próximos meses).
O produto final retém entre 30% e 80% do valor nutricional do alimento original e pode ser colocado sobre iogurtes e sorvetes, usado em bolos ou misturado com vitaminas.
A bem sucedida campanha de financiamento da FoPo no Kickstarter superou a meta de arrecadação em quase 50 mil reais e deve começar a entregar os primeiros produtos para os primeiros doadores em agosto.
Os fundos arrecadados serão usados para que a empresa encontre um fabricante confiável para os produtos e teste os alimentos.
Atualmente, a startup participa de um projeto piloto nas Filipinas, onde fazendas locais estão doando mangas e abacaxis para uma primeira carga, que será financiada pelo governo filipino e a Organização das Nações Unidas para Alimento e Agricultura.
Estima-se que cerca de 20% das crianças filipinas tenham problemas de nutrição, agravados pela quantidade de catástrofes que atingem o país todos os anos.