Spotify bloqueará parte de seu acervo para não-assinantes
Com a mudança, 50 milhões de usuários que atualmente podem ouvir música de graça deixariam de ter acesso aos últimos álbuns de alguns artistas
EFE
Publicado em 17 de março de 2017 às 09h42.
Londres - O aplicativo Spotify planeja oferecer parte de seu acervo de músicas somente para assinantes do serviço "premium", informou nesta sexta-feira o jornal britânico "Financial Times" (FT).
De acordo com esta informação, a partir de agora, 50 milhões de usuários que atualmente podem ouvir música gratuitamente, já não terão acesso aos últimos álbuns lançados por alguns artistas.
Trata-se de uma mudança significativa na operação desta popular plataforma musical, pois todo o seu acervo estava disponível tanto para os assinantes como para os usuários em geral.
O Spotify chegou agora a um acordo com algumas das companhias fonográficas mais importantes do mundo a fim de oferecer parte dos novos lançamentos somente aos assinantes do pacote "premium", segundo o "FT".
O aplicativo conta com o maior número de assinantes da indústria musical em "streaming" (sem necessidade de download), com 50 milhões de assinantes e outros 50 milhões de usuários de seu serviço gratuito.
Esses números superam amplamente aos 20 milhões de assinantes da Apple e os 3 milhões da Tidal.
Durante muito tempo, o Spotify atribuiu parte de seu enorme sucesso a seu serviço de oferecer música gratuita interrompida por anúncios de publicidade.
As empresas fonográficas acreditam que o serviço gratuito - pelo qual se pagam taxas mais baixas por cada escuta - pode afetar as vendas de álbuns e diminuir o incentivo para uma mudança para o pacote "premium".
Para alguns artistas, como foi o caso da cantora americana Taylor Swift, que decidiu remover suas canções dessa plataforma, o fato de pagar para consumir música é uma questão de princípios.
Quando adotou essa decisão, a cantora escreveu que "a música é arte, e a arte é importante e peculiar. As coisas peculiares e importantes são valiosas. E deveria se pagar por coisas valiosas". Para Taylor Swift, "a música não deveria ser de graça".