São Paulo – Glaciares em declínio, concentração recorde de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, temperaturas extremas, marés ameaçadoras, um tufão furioso chamado Haiyan... Os eventos climáticos de 2013 refletem o que os cientistas, há décadas, têm observado: o nosso planeta está se tornando um lugar mais quente.
É o que mostra o mais novo relatório da Sociedade Meteorológica Americana e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA).
Compilado por 425 cientistas de 57 países e divulgado anualmente, o estudo Estado do Clima de 2013 traz informações atualizadas sobre os indicadores globais relacionados às mudanças climáticas.
Conheça a seguir cinco importantes sinais que confirmam a tendência de aquecimento global no longo prazo.
Emissões nas alturas
Os gases de efeito estufa (GEE) continuaram a subir no ano passado. No Observatório Mauna Loa, no Havaí, a concentração diária de CO2, o GEE mais importante, ultrapassou 400 ppm em 9 de maio, pela primeira vez, desde que as medições começaram no local, em 1958.
Em média, a concentração anual de CO2 em 2013 situou-se em 395,3 ppm, um aumento de 27% em relação aos níveis pré-industriais. Os cientistas esperam que a média global anual irá alcançar o limite de 400 ppm dentro de alguns anos.
Por que isso é importante?
A cada ano, as atividades humanas produzem mais CO2 do que os processos naturais podem absorver. Isso significa que o valor líquido de dióxido de carbono atmosférico nunca diminui. Assim, o acúmulo anual do gás segue subindo a medida que população mundial queima mais e mais combustíveis fósseis.
Calor, muito calor
O ano de 2013 ficou entre os dez anos mais quentes desde que os registros modernos começaram, em 1850. A temperatura média da superfície global ficou cerca de 0,50 ° C acima da média de 1961-1990, e 0,03 °C a cima da média registrada entre 2001 e 2010.
Em apenas 15 segundos, este vídeo da NASA mostra o aquecimento da Terra entre 1950 e 2013.
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Por que isso importa?
A temperatura da superfície é uma das variáveis de tempo e clima mais familiares e consistentemente medidas pelo cientistas - e tem conexão direta com as mudanças climáticas a longo prazo. Não podemos esquecer que, de todos os planetas, a Terra tem uma temperatura de superfície amigável à vida.
Essa característica resulta do equilíbrio entre a entrada de luz solar e a saída de energia térmica, o calor irradiado de volta para o espaço por todas as partes do ecossistema planetário, dos solos para os oceanos, para nuvens e, especialmente, pelos gases na atmosfera.
A triste constatação: a tendência de aquecimento de longo prazo da Terra mostra que o equilíbrio foi alterado.
A maré continua subindo
O nível médio do mar continuou a subir em 2013, seguindo o ritmo de elevação de 3,2 mm por ano registrado ao longo das últimas duas décadas. Parte do aumento é devido ao derretimento das geleiras e outra parte é devido ao aumento da temperatura da água, que se expande quando fica mais quente.
Além disso, cerca de 15% da tendência de alta do nível do mar ao longo das últimas duas décadas tem sido atribuída à variabilidade natural.
Gráfico mostra tendência de elevação do nível do mar:
Por que isso é importante?
A elevação do nível do mar é uma ameaça direta às populações costeiras em todo o mundo e já coloca em xeque a existência de micropaíses, como as Maldivas e Kiribati.
Globalmente, 8 das 10 maiores cidades do mundo também estão perto de uma costa, segundo o Atlas dos Oceanos da ONU.
Em se tratando do mundo natural, o aumento do nível do mar revela-se um elemento estressor sobre os ecossistemas costeiros que proporcionam proteção contra tempestades e habitat para peixes e outros animais.
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1. Kiribati
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1/8 (Wikimedia Commons)
A maior parte do território de Kiribat, formado por 32 pequenos atois no
Oceano Pacífico, pode submergir até 2030, com a elevação do nível do mar provocada pelo
aquecimento global. Preocupado, o presidente dessa micronação, Anote Tong, está atrás de um novo lar para os 113 mil habitantes do lugar. Seu último esforço incluiu a tentativa de comprar 5 mil acres de terra em uma ilha vizinha pertencente à Fiji.
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2. Maldivas
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2/8 (Creative Commons/bjoen)
Pelo menos 80% do arquipélago localizado no oceano Índico está apenas um metro acima do nível do mar. Uma elevação brusca das águas poderia varrer do mapa esse paraíso de praias de areia branquinha, palmeiras e atóis de corais. No último século, o nível do mar já subiu 20 centímetros em algumas partes do país. Temendo o pior, o governo anunciou que está pensando em mudar o país inteiro para a Austrália antes de desaparecer sob as ondas.
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3. Tuvalu
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3/8 (Wikimedia Commons)
O pequeno conjunto de nove ilhas localizado no oceano pacífico, entre a Austrália e o Havaí, sofre as consequências do aquecimento global. Com área de 26 km², o minúsculo Estado corre o risco de submergir diante do aumento do nível do mar. Nos últimos anos, as inundações constantes já vêm atrapalhando a produção de cultivos locais e a obtenção de água potável.
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4. Malta
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4/8 (Wikimedia Commons)
Localizado no Mediterrâneo, 80 km ao sul da Sicília, o arquipélago de Malta possui um área de 316 km quadrados e cerca de 450 mil habitantes. O nível geral das águas do Mediterrâneo pode subir até 60 cm, como resultado dos efeitos das alterações climáticas, comprometendo o abastecimento de água do país, em decorrência do aumento da concentração de sal no subterrâneo.
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5. Seicheles
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5/8 (Wikimedia Commons)
Nação insular localizada no Oceano Índico, as Seicheles são constituídas por vários arquipélagos localizados a noroeste de Madagáscar. Com uma população de 87 mil habitantes, foi uma das primeiras nações a ligar o alarme global sobre o impacto das alterações climáticas e da consequente ameaça da elevação do mar para pequenos países insulares.
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6. Ilhas Salomão
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6/8 (Creative Commons/chriswsn)
As Ilhas Salomão são uma nação insular a leste da Papua-Nova Guiné e que consiste de quase mil ilhas. Como com todas os outros micropaíses insulares, o aumento do nível do mar é uma grande preocupação para a região. Comunidades inteiras estão se realocando para evitar catástrofes a medida que as marés sobem. As ilhas com altitudes mais baixas são as mais atingidas.
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7. Tonga
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7/8 (Wikimedia Commons)
No Pacífico Sul, o Reino de Tonga compreende 176 ilhas espalhadas por uma área de 749 km2, com uma população de 101 mil habitantes. O aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global representa uma ameaça grave para Tonga. Comunidades inteiras podem ser forçadas a deixar suas casas em resposta à erosão costeira, inundações e contaminação de água doce.
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8/8 (getty images)
Ártico mais quente ( e com menos gelo)
O Ártico registrou seu sétimo ano mais quente desde que os registros começaram no início do século 20. Temperaturas recordes foram medidas a uma profundidade de 20 metros em estações de permafrost no Alasca.
Outro agravante: a extensão do gelo do mar na região foi a sexta mais baixa desde que as observações de satélite começaram, em 1979. Todos as sete menores extensões de gelo marinho registrados por lá ocorreram nos últimos sete anos.
Por que isso é importante?
A extensão do gelo do mar do Ártico desempenha um papel crítico no sistema climático do planeta. Fisicamente, sua superfície branca reflete até 80 por cento da luz solar recebida durante os longos dias de verão no hemisfério norte, exercendo uma influência de resfriamento sobre o clima. Além disso, os ursos polares, morsas, baleias e outros animais dependem do gelo marinho para sobreviver.
Menos gelo também significa mais transporte pelo Ártico e exploração (principalmente de petróleo), com grandes implicações para a economia mundial e a segurança climática.
Vídeo do NOOA mostra 26 anos de degelo em um minuto:
//www.youtube.com/embed/H-BbPBg3vj8
Glaciares em declínio
Segundo os cientistas, outro sinal claro de que o clima está aquecendo a longo prazo é a retração das geleiras montanhosas no mundo. Dados dos 30 glaciares monitorados historicamente, considerados "geleiras de referência", ainda estão sendo analisados, mas com base nas análises sobre a Áustria, Canadá, Nepal, Nova Zelândia, Noruega e Estados Unidos, é muito provável que 2013 será o 24º ano com retração do gelo a abaixo da média histórica, prevê o estudo.
Por que isso é importante?
Em todo o mundo, cerca de 370 milhões de pessoas vivem em bacias cujo volume dos rios dependem do derretimento das geleiras. O processo fornece água potável para as populações e fonte para a irrigação agrícola. Noutras regiões, as barragens em rios alimentados por geleiras servem como principais fontes de energia hidroelétrica.
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1. Era uma vez uma pista de esqui em Chacaltaya, na Bolívia
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1/7 (Wikimedia Commons)
Nem a mais alta estação de esqui do mundo resiste às mudanças no clima. A mais de cinco mil metros de altura, as pistas de Chacaltaya, ao norte de La Paz, na Bolívia, sucumbiram ao derretimento do gelo e, durante o verão de 2009, o glaciar onde estava a instalada a estação praticamente desapareceu. Hoje, restam apenas 5% da geleira, com algumas incidências de neve, mas raras. Os cientistas haviam previsto seu desaparecimento para 2015, mas o aquecimento global acelerou o processo. De acordo com o
levantamento da Co+Life, além de frustrar aventureiros, o sumiço da geleira comprometeu o abastecimento de água em algumas regiões da capital naquele ano.
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2. Monte Tian Shan, Casaquistão
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2/7 (Wikimedia Commons)
Aos pés do monte Tian Shan, encontra-se Almaty, a maior cidade da República do Casaquistão, com uma população de 1,3 milhões de pessoas. A região é uma locomotiva econômica, respondendo por 20% da produção industrial e 30% da agricultura do país. Todo o fornecimento de água para consumo, irrigação e uso industrial é garantido pelos glaciares a dois mil quilômetros ao norte, nas montanhas de Tian Shan. Nos últimos 50 anos, no entanto, os glaciares perderam cerca de 35% de sua cobertura devido a elevação das temperaturas – processo que deverá se intensificar nos próximos anos.
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3. Parque Nacional de Sagarmatha
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3/7 (Wikimedia Commons)
Localizado no Nepal, o Parque Nacional de Sagarmatha é parte das montanhas do Himalaia e tem o monte Everest, o maior pico do mundo, como sua atração principal. Considerado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1979 devido às suas características naturais e culturais únicas, o parque concentra a maior quantidade de gelo terrestre do mundo, um volume superado apenas pelas massa dos Pólos Sul e Norte. As geleiras da região são importante fonte de água para a população asiática, sendo vital para economia e subsistência das pessoas. O perigo do aquecimento global é constante e pode levar à extinção enormes pedaços das geleiras dos Himalaias, ameaçando o padrão de chuvas, o fluxo dos rios e a agricultura em toda a Ásia.
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4. Alpes de Kitzbühel, Áustria
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4/7 (Wikimedia Commons)
Um estudo sobre mudança climática nos Alpes europeus realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) aponta que as famosas pistas de esqui podem estar com os dias contados por lá. A estimativa é de que 9% das estações já sofram com o aquecimento global. Uma da mais vulneráveis é a de Kitzbühel, na Áustria, cerca de 800 metros acima do nível do mar. Por falta de gelo, na última temporada de Natal, apenas 1/5 dos elevadores operaram e ainda foi necessário usar neve artificial para liberar o uso de algumas pistas.
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5. Calota de Gelo de Quelccaya
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5/7 (Wikimedia Commons)
Como a maioria dos glaciares da Terra, a maior calota tropical do mundo, a Quelccaya, nos Andes peruanos, já perdeu desde 1978 cerca de aproximadamente 20% da sua área. A estimativa dos cientistas é de que ela recua ao menos 4 metros todos os anos, dez vezes mais depressa do que a cinco décadas atrás, segundo estudo do Instituto de Politicas para a Terra.
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6. Glaciar Franz Josef, Nova Zelândia
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6/7 (Wikimedia Commons)
Ele desce de 3,5 mil metros até 240 metros acima do nível do mar no meio de uma floresta tropical. Seu nome popular, The Tears of Hinehukatere (As Lágrimas de Hinehukatere, no português) vem de uma antiga lenda local sobre uma menina que perde seu amado numa avalanche. Suas lágrimas correm então montanha abaixo e congelam, formando o glaciar. Como os demais monte gelados da Nova Zelândia, o Granz Josef sofre com o fenômeno do aquecimento global, que já reduziu 25% da área total dos alpes.
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7. Monte Chomolhari, Butão
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7/7 (Wikimedia Commons)
Encravado entre a China e a Índia, o reino do Butão possui muitas montanhas e picos nevados, entre eles o Monte Chomolhari ou Jomolhari, com aproximadamente 7,3 mil metros de altura. O rápido derretimento do gelo que corre para os lagos nos vales é uma ameaça para as comunidades da região. Há o perigo das represas nos lagos romperem e causarem deslizamentos de terra e enchentes, destruindo assim vilarejos locais, mosteiros e plantações.
Ventos furiosos
O número de ciclones tropicais durante 2013 superou, ligeiramente, a média, com um total de 94 tempestades, em comparação com a média de 89, registrada entre 1981 e 2010. A Bacia do Atlântico Norte teve sua temporada mais tranquila desde 1994. No entanto, na Bacia Ocidental do Pacífico Norte, houve fenômenos destrutivos, como o Tufão Hayan.
Por que isso é importante?
Tempestades violentas causam perdas de vidas e podem atrasar o desenvolvimento econômico e social por anos, se não décadas. Tempestades e inundações foram responsáveis por 79% do número total de desastres nas últimas quatro décadas, causando 55% das mortes e 86% de perdas econômicas no período, de acordo com o Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas ligadas a extremos do clima, da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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1. Fúria impiedosa
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1/12 (Getty Images)
São Paulo - Estudo recente da
Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostra que entre 1970 e 2012, 8.835 desastres naturais relacionados a mudanças no tempo e no clima levaram ao óbito quase 2 milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de metade das mortes podem ser atribuídas a apenas 10 tragédias. Veja a seguir quais foram as catástrofes naturais mais mortais e onde elas causaram mais dor e ruína.
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2. 1. Seca na Etiópia (1983)
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2/12 (Getty Images/Divulgação)
Número de mortos: 300 mil
Da seca mais fatal da
Etiópia saíram imagens que chocaram o mundo: crianças, homens e mulheres esqueléticos, vítimas da fome que tomou conta do país após a quebra das safras agrícolas. O número escandaloso de óbitos foi atribuído à demora do governo em agir e também à leniência de outras nações em prestar socorro.
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3. 2. Ciclone em Bangladesh (1970)
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3/12 (GettyImages/ Express Newspapers)
Número de mortos: 300 mil Em novembro de 1970, um poderoso ciclone chamado Bhola inundou muitas ilhas no Delta do Rio Ganges, destruindo inúmeros vilarejos e plantações. A cidade mais afetada foi Thana de Tazumuddin, onde 45% de sua população morreu como consequência da passagem do ciclone. Na época, os danos econômicos foram estimados em US$86,4 milhões.
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4. 3. Seca no Sudão (1984)
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4/12 (Getty Images/ Marco Di Lauro)
Número de mortos: 150 mil Num lugar onde mais de 80% da população mora no campo e depende da agricultura e criação de animais para sobreviver, a escassez de água é tragédia anunciada. A grande seca de 1984, no Sudão, levou à fome, epidemias, deslocamentos em massa, conflitos tribais e, inevitavelmente, o aumento da mortalidade
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5. 4. Ciclone em Bangladesh (1991)
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5/12 (Getty Images)
Número de mortos: 198.866 Em 29 de agosto de 1991, um ciclone devastador atingiu Bangladesh, matando centenas de milhares de pessoas e causando mais de US$ 1,5 bilhão em danos econômicos. Mais de 10 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e devido a perda das colheitas e de animais para abate, a fome se tornou um perigo crítico para os sobreviventes.
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6. 5. Ciclone em Myanmar (2008)
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6/12 (Wikimedia Commons)
Número de mortos: 138.366 No fim do mês de abril de 2008, o ciclone tropical Nargis, com ventos de mais de 200km/h, causou devastação ao longo do delta do rio Irauádi, em Mianmar, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. Foi o pior desastre natural na história do país.
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7. 6. Seca na Etiópia (1975)
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7/12 (Getty Images / Keystone / Stringer)
Número de mortos: 100.000 Em 1975, a monarquia foi abolida e proclamou-se a república socialista na Etiópia. A guerra civil que se instaurou no país aprofundou as crises agrícolas, perpetrando a fome.
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8. 7. Seca em Moçambique (1983)
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8/12 (Getty Images)
Número de mortos: 100.000 Em 1983, a combinação de uma grave seca com o fenômeno El Niño prolongou e intensificou a estiagem, levando à fome generalizada no sul de Moçambique. Para piorar, guerras internas impediram que a ajuda alimentar chegasse às populações afetadas.
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9. 8 – Temperaturas extremas, Rússia (2010)
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9/12 (Wikimedia Commons)
Número de mortos: 55.376 O verão de 2010 foi um verdadeiro inferno na Rússia. A onda de calor sem precedentes causou incêndios florestais e quebras recordes na produção de grãos. A formação de um sistema de alta pressão que persistiu por semanas não só elevou as temperaturas como comprometeu a qualidade do ar. O resultado é um cenário explosivo para pessoas com problemas cardiorrespiratórios.
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10. 9. Enchentes, Venezuela (1999)
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10/12 (USGS)
Número de mortos: 30.000 Chuvas torrenciais atingiram a Venezuela ao longo das duas primeiras semanas de dezembro de 1999. Cheias súbitas e numerosos deslizamentos de terra deixaram dezenas de milhares de mortos e desaparecidos na costa do país, onde se concentra a maior parte da população. Aldeias inteiras foram varridas do mapa durante a tragédia, à qual os jornais se referiam como “Natal negro”.
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11. 10. Enchentes em Bangladesh (1974)
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11/12 (Getty Images)
Número de mortos: 28.700 Em 1974, as chuvas de monção castigaram Bangladesh. Os danos causados pelas enchentes na produção agrícola, inevitavelmente, colocaram grande pressão sobre o sistema alimentar e o período ficou conhecido como o “ano da fome”.
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12. Na corda bamba
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12/12 (Getty Images/ Dan Kitwood/Staff)