Software livre no governo brasileiro "preocupa" a Microsoft
A tendência do governo brasileiro em incentivar o uso de softwares livres preocupa a Microsoft, o maior fabricante de softwares fechados do mundo. Ficamos preocupados quando governos sinalizam a preferência por esse ou aquele modelo , disse Craig Mundie, vice-presidente de estratégia e política corporativa da Microsoft, durante seminário realizado nesta segunda-feira (16/06) em São […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h30.
A tendência do governo brasileiro em incentivar o uso de softwares livres preocupa a Microsoft, o maior fabricante de softwares fechados do mundo. Ficamos preocupados quando governos sinalizam a preferência por esse ou aquele modelo , disse Craig Mundie, vice-presidente de estratégia e política corporativa da Microsoft, durante seminário realizado nesta segunda-feira (16/06) em São Paulo. Na avaliação do executivo, "não é uma boa política para um governo determinar modelos de tecnologia para o longo prazo."
Em janeiro, Mundie acompanhou o encontro entre Bill Gates, presidente da Microsoft, e o presidente Luis Inácio Lula da Silva em Davos, na Suíça. Entre suas tarefas como executivo da empresa está a de se reunir com representantes de governos para tratar de políticas que possam afetar o desenvolvimento de tecnologias da informação e pretende abordar o tema dos softwares livres com o governo brasileiro. No país, a Microsoft tem especial preocupação com o combate à pirataria e com o incentivo de políticas públicas que possam levar a tecnologia ao ensino e a projetos sociais.
Craig Mundie participou do seminário Novos Rumos da Sociedade da Informação, promovido pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). Em sua apresentação, previu uma nova onda de expansão da tecnologia da informação em um ou dois anos: Vamos entrar na era dos serviços web , diz. Segundo Mundie, uma nova geração de equipamentos deverá levar a automação para a rotina dos usuários de PC. O vice-presidente da Microsoft prevê a implantação de grandes servidores capazes de se comunicar com os PCs e os telefones celulares em uma grande rede online com os mais variados serviços.
Até agora, o usuário se relaciona com a máquina , diz. O próximo passo é automatizar o sistema para que as máquinas se comuniquem entre si. Nesse cenário, uma consulta odontológica não precisará ser marcada entre o paciente e a secretária do dentista, mas entre os computadores de cada usuário. Existe apenas um desafio separando os equipamentos de hoje desse novo mundo: a criação de sistemas de segurança ultra-eficientes.