Sky não planeja investimento agressivo em espectro
A DirecTV, controladora da companhia, aposta em mercados em que a velocidade média de banda larga ainda é baixa e o nível de competição, reduzido
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2012 às 16h36.
São Paulo - Alguns dados importantes apresentados pela DirecTV Latin America (controladora da Sky ) no final de março a seus investidores podem dar uma boa ideia do que esperar em relação à estratégia da empresa para a oferta de serviços banda larga e, portanto, para os leilões de espectro 4G programados para junho.
Aos investidores da companhia, que é aberta nos EUA, a DirecTV LA disse que não pretende investir em 2012 mais do que US$ 50 milhões em licenças para todas as suas operações na América Latina. É uma parcela ínfima frente ao US$ 1,6 bilhão que a DirecTV Latin America pretende investir em suas operações em 2012. A maior parte desses recursos devem ficar na aquisição (55%) e retenção de assinantes (25%). Os investimentos em banda larga são ainda inferiores ao que a DirecTV Latin America precisará gastar com satélites (8%).
A estratégia para banda larga apresentada por Evan Grayer, vice-presidente senior da DirecTV LA responsável por esta área, está focada em atacar os mercados onde a penetração de soluções por redes físicas (cabo e fibra) é deficiente, aproveitando oportunidades de espectro barato (daí a aquisição das operações de MMDS) e com investimento feito de acordo com o fluxo de caixa das operações.
A DirecTV aposta em mercados em que a velocidade média de banda larga ainda é baixa e o nível de competição, reduzido. A principal experiência hoje é a da operação de Mendoza, na Argentina, em que a receita média por usuário é de US$ 25 para um acesso de 3 Mbps em média. Segundo a DirecTV, o serviço, lançado em 2010, atingiu 30% de penetração em sua base de clientes, a maior parte conquistados do ADSL, e de quebra ainda reduziu o churn do serviço de TV paga para 0,7% (contra 1,3% na média da base).
No caso brasileiro, a DirecTV destaca a aquisição, pela Sky, das peradoras de MMDS Acom e ITSA, o que faz com que a empresa totalize 70 MHz de espectro na faixa de 2,5 GHz em um total de 26 cidades, com 6,3 milhões de domicílios e 18% do PIB. A Sky tem hoje uma operação comercial piloto de banda larga em Brasília, operando no espectro de 2,5 GHz com tecnologia TD-LTE.
Os investimentos regulares para banda larga planejados pela DirecTV Latin America são de US$ 30 milhões em 2012, US$ 50 milhões em 2013 e US$ 65 milhões em 2014, totalizando no máximo US$ 150 milhões no período, montante equivalente às receitas projetadas até 2014 com a oferta de banda larga. A receita média projetada com o serviço é de cerca de US$ 30.
São Paulo - Alguns dados importantes apresentados pela DirecTV Latin America (controladora da Sky ) no final de março a seus investidores podem dar uma boa ideia do que esperar em relação à estratégia da empresa para a oferta de serviços banda larga e, portanto, para os leilões de espectro 4G programados para junho.
Aos investidores da companhia, que é aberta nos EUA, a DirecTV LA disse que não pretende investir em 2012 mais do que US$ 50 milhões em licenças para todas as suas operações na América Latina. É uma parcela ínfima frente ao US$ 1,6 bilhão que a DirecTV Latin America pretende investir em suas operações em 2012. A maior parte desses recursos devem ficar na aquisição (55%) e retenção de assinantes (25%). Os investimentos em banda larga são ainda inferiores ao que a DirecTV Latin America precisará gastar com satélites (8%).
A estratégia para banda larga apresentada por Evan Grayer, vice-presidente senior da DirecTV LA responsável por esta área, está focada em atacar os mercados onde a penetração de soluções por redes físicas (cabo e fibra) é deficiente, aproveitando oportunidades de espectro barato (daí a aquisição das operações de MMDS) e com investimento feito de acordo com o fluxo de caixa das operações.
A DirecTV aposta em mercados em que a velocidade média de banda larga ainda é baixa e o nível de competição, reduzido. A principal experiência hoje é a da operação de Mendoza, na Argentina, em que a receita média por usuário é de US$ 25 para um acesso de 3 Mbps em média. Segundo a DirecTV, o serviço, lançado em 2010, atingiu 30% de penetração em sua base de clientes, a maior parte conquistados do ADSL, e de quebra ainda reduziu o churn do serviço de TV paga para 0,7% (contra 1,3% na média da base).
No caso brasileiro, a DirecTV destaca a aquisição, pela Sky, das peradoras de MMDS Acom e ITSA, o que faz com que a empresa totalize 70 MHz de espectro na faixa de 2,5 GHz em um total de 26 cidades, com 6,3 milhões de domicílios e 18% do PIB. A Sky tem hoje uma operação comercial piloto de banda larga em Brasília, operando no espectro de 2,5 GHz com tecnologia TD-LTE.
Os investimentos regulares para banda larga planejados pela DirecTV Latin America são de US$ 30 milhões em 2012, US$ 50 milhões em 2013 e US$ 65 milhões em 2014, totalizando no máximo US$ 150 milhões no período, montante equivalente às receitas projetadas até 2014 com a oferta de banda larga. A receita média projetada com o serviço é de cerca de US$ 30.