Selfie: a foto de Anas Modamani com a chanceler deu a volta ao mundo (Sean Gallup/Getty Images)
AFP
Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 13h16.
Cansado de ser insultado e perseguido por causa de uma selfie com Angela Merkel, um refugiado sírio de 19 anos colocou o Facebook na Justiça alemã, para obrigar a plataforma a censurar as fotomontagens que o mostram como um "terrorista".
O julgamento do caso começa nesta segunda-feira, em Wurtzburgo, centro da Alemanha, onde a rede social já é pressionada pelo governo para que atue contra conteúdos racistas e é investigada em outro processo de "incitação ao ódio".
A foto de Anas Modamani com a chanceler, tirada em setembro de 2015 em um centro de refugiados em Berlim, deu a volta ao mundo.
Essas montagens, promovidas por grupos hostis ao Islã e aos refugiados, visam acusar Merkel de colocar a Alemanha em perigo com sua política migratória.
O jovem começou a ser associado aos ataques de Bruxelas, em março de 2016, ao ataque com um caminhão em Berlim, em dezembro passado, ou à tentativa de assassinato de um sem-teto em Berlim, na noite de Natal.
O Facebook assegura que "suprimiu rapidamente o acesso ao conteúdo denunciado e que não vê necessidade de uma ação na justiça", segundo um porta-voz.