Setor eólico mundial diminuiu pela primeira vez em 2013
As novas instalações eólicas no mundo diminuíram em 2013 pela primeira vez na história do setor, abaixo do nível de 2009, anunciou nesta quarta-feira o Conselho Mund
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 07h38.
As novas instalações eólicas no mundo diminuíram em 2013 pela primeira vez na história do setor, abaixo do nível de 2009, anunciou o Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC).
Apesar disso, a capacidade do parque eólico instalado registrou um crescimento de 12,5%, inferior a 18,8% de 2012, segundo o GWEC.
No Brasil, a capacidade do parque eólico era de 2.508 MW em 2013 contra 1.431 MW em 2012.
No ano passado, a capacidade total de produção de eletricidade das usinas eólicas novas subiu para 35.467 megawatts (MW), 22% menos do que em 2012, segundo dados da federação do setor.
É preciso remontar a 2008 (26,9 GW) para encontrar uma produção inferior, apesar de que o nível de 2013 foi quatro vezes maior ao de uma década atrás.
A capacidade eólica no mundo superou pela primeira vez os 300 Gigawatts (318,1 GW em 31 de dezembro), apenas cinco anos após superar os 100 GW.
"Embora 2013 tenha sido um ano mais difícil para o setor (...), as perspectivas para 2014 e além são muito melhores", informou o GWEC, que atribui esta desaceleração aos maus resultados do mercado americano, onde está o apoio público é dúvida.
Na Europa, o número de instalações caiu 8%, "mas com uma concentração danosa em dois países, Alemanha e Reino Unido", disse o secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer.
Em 2014, está previsto que o mercado volte "pelo menos ao nível de 2012 (45,2 GW) e talvez o supere", segundo a Federação Eólica Mundial, que anunciará suas previsões em abril.
Em 2013, 45,4% das novas capacidades serão instaladas na China (16,1 GW), segundo o GWEC, à frente de Alemanha (3,2 GW), Reino Unido (1,9 GW), Índia (1,7 GW), Canadá (1,6 GW) e Estados Unidos (1,1 GW).
A França, onde o ano de 2013 foi catastrófico para a energia eólica, com cerca de 0,6 GW instalado, saiu da lista dos dez primeiros, assim como a Espanha, que cortou drasticamente a ajuda pública às energias renováveis.
A China se consolidou no primeiro lugar, com 91,4 GW de capacidade instalada, seguida de Estados Unidos (61,1 GW), Alemanha (34,2 GW), Espanha (23,0 GW), Índia (20,1 GW), Reino Unido (10,5 GW), Itália (8,6 GW) e França.