Tecnologia

Serviço latino de telecom é ruim e caro, diz consultoria

Segundo Frost & Sullivan, mercado de telecomunicações na América Latina é altamente concentrado


	Pessoas falando no celular no Rio de Janeiro: mercado deve apresentar taxa média de crescimento de 5,3 por cento ao ano
 (Lianne Milton/Bloomberg)

Pessoas falando no celular no Rio de Janeiro: mercado deve apresentar taxa média de crescimento de 5,3 por cento ao ano (Lianne Milton/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 15h13.

Rio de Janeiro - O mercado de telecomunicações na América Latina é altamente concentrado, o que resulta em serviços de baixa qualidade e altos preços, afirma a consultoria Frost & Sullivan em relatório divulgado nesta quinta-feira.

Apesar dos problemas, o mercado deve apresentar taxa média de crescimento de 5,3 por cento ao ano, com o faturamento saindo 81 bilhões de dólares em 2012 para 110,3 bilhões em 2018, na região. O estudo cobre Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Venezuela.

"Iniciativas regulatórias como portabilidade numérica e a regulamentação de operadoras móveis virtuais (MVNOs) não tiveram os efeitos esperados no cenário competitivo da América Latina, que é altamente concentrado, o que resulta em serviços de baixa qualidade e altos preços", disse a consultoria.

No Brasil, o SindiTelebrasil, entidade que representa os interesses das operadoras de telecomunicações, não pôde comentar o assunto de imediato.

A avaliação é feita em um momento em que o mercado trabalha com a possibilidade de venda da TIM Participações, depois que a espanhola Telefónica anunciou em setembro acordo para assumir gradualmente o controle da Telecom Italia, dona da TIM no Brasil.

Segundo a Frost & Sullivan, a demora de reguladores em liberar espectros e restrições regulatórias sobre ofertas convergentes também seguram o mercado em alguns países da região.

O relatório destaca ainda que o crescimento do mercado de telefonia móvel na América Latina em 2012 foi impulsionado principalmente pelas receitas de vendas de smartphones, apesar da ainda baixa penetração dos serviços de banda larga móvel "devido a preços altos e baixa qualidade do sinal".

De acordo com a consultoria, o foco das operadoras está agora na expansão da cobertura de suas redes 3G e 4G e em incrementar suas receitas de dados, uma vez que sucessivos cortes nas tarifas de interconexão promovidos por reguladores do setor vêm gerando uma queda nas receitas de voz das companhias.

O mercado de serviços de voz móvel, no entanto, está ficando saturado em alguns países, o que limita as oportunidades de expansão.

As reduções nas tarifas de interconexão também afetaram os resultados das operadoras de telefonia celular, uma vez que o uso de rede representa mais de 25 por cento das receitas totais das companhias, forçando-as a buscarem novas fontes de receita.

"Além disso, o uso de dados na região, embora também represente mais de 25 por cento das receitas das operadoras, está concentrado principalmente em serviços de SMS de baixo valor, e não em banda larga móvel, o que reduz a receita média por usuário dos serviços de dados."

Acompanhe tudo sobre:Serviços diversosTelecomunicações

Mais de Tecnologia

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista

Galaxy S23 FE: quanto vale a pena na Black Friday?