Tecnologia

Samsung, RIM, HTC e Nokia contestam testes da Apple

Na última sexta-feira, Steve Jobs disse que aparelhos de outras marcas também têm problemas de recepção de sinal

Steve Jobs, durante a conferência sobre a antena do iPhone 4: "Problema não é exclusivo do modelo"

Steve Jobs, durante a conferência sobre a antena do iPhone 4: "Problema não é exclusivo do modelo"

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 11h52.

São Paulo - Samsung, RIM e HTC contestam as afirmações da Apple de que seus smartphones teriam problemas de captação de sinal dependendo da maneira que são segurados. Na última sexta-feira (16), após sofrer uma série de críticas de que o iPhone 4 apresentava tal falha, o presidente-executivo da fabricante, Steve Jobs, admitiu o problema mas disse que aparelhos de outras marcas têm o mesmo comportamento.

Para comprovar a justificativa, o executivo citou os aparelhos BlackBerry Bold 9700, HTC Droid Eris e Samsung Omnia II, que teriam passado por testes e perdido sinal quando empunhados de determinada forma. Mesmo não tendo sido citada por Jobs, a Nokia também contestou o discurso do empresário.

Na mesma coletiva em que o presidente da Apple comparou o iPhone 4 a outros smartphones, a empresa anunciou que oferecerá capinhas gratuitas para os compradores de seu aparelho, com o objetivo de solucionar o problema. Os testes realizados com os modelos das marcas concorrentes estão detalhados em uma página especial no site da Apple, em www.apple.com/antenna.

Ainda na sexta-feira, os presidentes-executivos da RIM, fabricante do BlackBerry, distribuiu uma nota à imprensa, afirmando que a Apple tentava deliberadamente distorcer falhas no design da antena do iPhone 4 ao alegar que o BlackBerry enfrentava problemas semelhantes. "A tentativa da Apple para envolver a RIM no fiasco que eles mesmos causaram é inaceitável", declararam.

Em entrevista ao site Pocket Lint, o gerente global de relações públicas e comunidade online da HTC, Eric Lin, apresentou números para contestar as afirmações de Jobs. Segundo ele, apenas 0,016% dos usuários de Droid Eris relataram problemas com a qualidade de sinal. >


Nesta segunda-feira (19), a Samsung também divulgou um comunicado oficial no qual contesta os testes da Apple. "Com base em anos de experiência no projeto de telefones de alta qualidade, os telefones móveis da Samsung empregam uma tecnologia de design de antena interna que otimiza a qualidade de recepção qualquer que seja a maneira de segurar o aparelho", declarou Hwan Kim, vice-presidente de comunicações móveis da empresa.

Já a Nokia, embora tenha, de certa forma, corroborado o que Jobs falou, não perdeu a oportunidade de alfinetar a concorrente. "Em geral, o desempenho da antena em um dispositivo móvel pode ser afetado dependendo da forma como o aparelho é carregado. É por isso que a Nokia desenvolve celulares que têm desempenho aceitáveis em todos os momentos da vida, como, por exemplo, quando o device é segurado com toda a mão. (...) Como você poderia esperar de uma companhia focada em conectar pessoas, priorizamos o bom desempenho da antena em vez do design físico se houver conflito entre eles".

No fim de junho, antes de a Apple reconhecer o problema, a Nokia já havia cutucado a concorrente por meio de uma espécie de manual ilustrado que ensinava seus clientes as diversas maneiras de se empunhar um celular. "É claro, sinta-se livre para ignorar tudo escrito acima porque, na verdade, você está livre para segurar seu dispositivo Nokia do modo que quiser. E você não sofrerá com nenhuma perda de sinal. Legal, huh?", dizia o texto.

(Com informações da Reuters)

Leia outars notícias sobre celulares


Acompanhe tudo sobre:AppleCelularesEmpresáriosEmpresasEmpresas coreanasempresas-de-tecnologiaHTCIndústria eletroeletrônicaiPhonePersonalidadesSamsungSmartphonesSteve JobsTecnologias sem fio

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia