Tecnologia

Robô falante da Toyota fará companhia aos humanos

"Queremos tratar do crescente problema social das pessoas que não têm ninguém com quem conversar", disse Moritaka Yoshida


	Kirobo Mini: o robô, de 10 centímetros de altura, começará a ser vendido no Japão no ano que vem por 39.800 ienes
 (Divulgação / Toyota)

Kirobo Mini: o robô, de 10 centímetros de altura, começará a ser vendido no Japão no ano que vem por 39.800 ienes (Divulgação / Toyota)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 12h51.

A Toyota apresentou nesta segunda-feira o Kirobo Mini, um robô do tamanho de uma caneca destinado a conversar e fazer companhia a humanos solitários.

"Queremos tratar do crescente problema social das pessoas que não têm ninguém com quem conversar", disse Moritaka Yoshida, um alto funcionário administrativo da Toyota, que além de fabricar carros está investindo milhões em robótica.

O robô, de 10 centímetros de altura, começará a ser vendido no Japão no ano que vem por 39.800 ienes (cerca de 400 dólares), indicou a empresa no IT & Electronics Comprehensive Exhibition (Ceatec), o salão de eletrônica mais importante da Ásia, que é realizado nesta semana em Tóquio.

A maior montadora de automóveis do mundo informou que o robô - capaz de manter conversas simples e reagir às emoções - também poderia ajudar a desenvolver tecnologia de veículos.

O Kirobo Mini é uma versão menor do Kirobo, o robô de olhos grandes e do tamanho de um chihuahua que se tornou o primeiro androide astronauta do mundo em 2013, quando viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS) para conversar com o comandante japonês Koichi Wakata.

Ambas as versões do Kirobo fazem parte de um projeto de longo prazo da Toyota para desenvolver habilidades de conversação de robôs e ver como eles podem fazer companhia a pessoas isoladas.

O Japão enfrenta as ameaças de um envelhecimento demográfico — se prevê que em 2060, 40% da população terá mais de 65 anos — e de uma baixa taxa de natalidade.

O país também lida com fenômenos de isolamento social, como o 'hikikomori', no qual adolescentes e adultos jovens se recusam a sair de casa e se engajar socialmente, optando, em vez disso, por ficar nos seus quartos jogando videogames.

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