Tecnologia

Responsáveis por ciberataque arrecadaram menos de US$ 70 mil

O ciberataque "se estendeu a 150 países e afetou mais de 300.000 máquinas", segundo o assessor de segurança nacional dos EUA

Resgate: aqueles que efetuaram os pagamentos não conseguiram "recuperar nenhum de seus dados", disse o assessor (Getty Images/Getty Images)

Resgate: aqueles que efetuaram os pagamentos não conseguiram "recuperar nenhum de seus dados", disse o assessor (Getty Images/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 15 de maio de 2017 às 17h48.

Washington - Mais de 300.000 computadores em 150 países foram infectados desde sexta-feira pelo ciberataque global, mas seus responsáveis arrecadaram menos de US$ 70 mil com sua chantagem sobre os afetados pelo vírus que pagaram para recuperar seus dados, informou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos.

Nenhum dos sistemas do governo americano foi afetado até agora pelo vírus global, segundo assegurou aos jornalistas o assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, Tom Bossert, que destacou que os Estados Unidos "não fabricaram" o vírus, como sugeriu a Rússia.

O ciberataque "se estendeu a 150 países e afetou mais de 300.000 máquinas, mas a boa notícia é que as taxas de infeção diminuíram ao longo do final de semana", declarou Bossert em uma entrevista coletiva na Casa Branca.

Apesar da ganância dos responsáveis pelo vírus, "parece que foram pagos menos de US$ 70 mil em resgates", e que os que efetuaram esses pagamentos não conseguiram "recuperar nenhum de seus dados", disse Bossert.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje os serviços secretos dos EUA de serem "a fonte primária do vírus", depois que o presidente da Microsoft, Brad Smith, indicou ontem que o ciberataque ocorreu graças a uma "vulnerabilidade roubada" da Agência Nacional de Segurança americana (NSA).

O assessor de Trump ressaltou hoje que o governo americano não "fabricou" o vírus, e que a NSA "não desenvolveu nenhuma ferramenta para apoderar-se de dados por meio do pagamento de um resgate".

"Isto é algo desenvolvido pelas partes culpadas, potencialmente criminosos ou Estados estrangeiros, que o fabricaram para difundi-lo mediante documentos anexados (em e-mails) e causar infeções", afirmou Bossert.

O assessor não quis precisar, no entanto, se a NSA usou ou desenvolveu algum dos componentes contidos no vírus, ao assegurar que não podia se aprofundar nesses temas relativos a atividades de inteligência.

Por fim, Bossert garantiu que os Estados Unidos estão "trabalhando para conseguir que os responsáveis pelo ciberataque prestem contas".

O programa informático de chantagem WannaCry, que exige um pagamento para recuperar o acesso aos computadores, atingiu centros de saúde no Reino Unido, grandes empresas na França e na Espanha, a rede ferroviária na Alemanha, organismos públicos na Rússia e universidades na China, entre outros.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)HackersReino UnidoRússiaseguranca-digitalSequestros

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes