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Resolvemos o problema da bateria no Moto 360, diz executivo

Relógio inteligente da Motorola provocou reações positivas devido ao inédito design redondo da tela do aparelho

Moto 360: entre os principais desafios estão a acomodação de componentes elétricos em um relógio de design redondo e o carregamento da bateria (Divulgação/Motorola)

Lucas Agrela

Publicado em 31 de março de 2014 às 08h47.

São Paulo - O Moto 360 é o primeiro relógio inteligente da Motorola , que foi apresentado em meados deste mês e provocou reações positivas devido ao inédito design redondo da tela do aparelho. INFO conversou com Lior Ron, vice-presidente corporativo de gerenciamento de produtos da Motorola e uma das principais mentes por trás da criação do smartwatch, bem como do smartphone Moto X.

“Pegamos nossos celulares mais de 100 vezes por dia, para olhar a hora, ver um e-mail, e a maior parte das atividades são simples. Mesmo assim você precisa debloquear a tela, acessar o aplicativo e tudo mais. O objetivo do Moto 360 é tornar a vida mais fácil nesse sentido”, afirmou o executivo.

Ron trabalhou por sete anos no Google, a frente do Maps e do Places, e, desde 2012, ano em que a gigante das buscas comprou a fabricante de celulares, passou a integrar a equipe da Motorola. Entre os principais desafios citados pelo executivo estão a acomodação de componentes elétricos em um relógio de design redondo e o carregamento da bateria.

Apesar de não revelar detalhes sobre o último problema, ele é categórico ao dizer que a empresa resolveu essa questão de forma simples. Vale notar que esse será o primeiro smartwatch com suporte a comandos de voz. De forma similar ao que acontece no Moto X, bastará dizer "Ok, Google" e dar uma ordem ao aparelho.

Confira abaixo a entrevista de INFO com Lior Ron.

Por que a estratégia de oferecer a conexão com dispositivos de outras marcas a partir do Android 4.3?

É a nossa filosofia. Queremos levar a inovação para todos os usuários e pensamos que os consumidores esperam isso também. Eles querem ver um ecossistema aberto, um aparelho muito amigável com outros aparelhos. Isso também é uma medida para trazer mais desenvolvedores e por isso nos aliamos ao Google logo no início, para garantir que ele fosse um aparelho de ecossistema aberto para inovar. Queremos ver o que os desenvolvedores conseguem fazer com o Android Wear.


O Moto 360 terá uma versão do Android Wear com uma loja de aplicativos exclusiva para dispositivos vestíveis?

Eu perguntaria isso ao Google, mas eu posso dizer que o acesso será muito simples, algo inerente ao processo geral de uso do aparelho. Essa é uma das razões pelas quais estamos animados em termos a parceria com o Google.

O que você acredita que fará do Moto 360 um sucesso? Seria o design, o sistema novo...?

Nosso objetivo foi criar um aparelho bonito, algo que as pessoas realmente iriam querer usar. Ouvimos falar muito de tecnologias vestíveis, mas as pessoas parecem se esquecer que você precisa mesmo vestir o produto e escolher o que vestir é uma escolha muito pessoal. Afinal, você vai andar por aí com o objeto, mostrando para todo mundo. O design, portanto, não podia ser comprometido. Por isso, nos inspiramos bastante no visual de um relógio. Estudamos a arte da construção e cuidado da relojoaria para criar algo que seja belo. Esse foi o nosso principal foco desde o início.

Foi muito desafiador criar um smartwatch com tela redonda?

Sim, muito. Mas dissemos ‘se vamos fazer um relógio, ele terá que ser redondo’. Mais de 80% dos relógios no mercado são redondos — e há uma razão para isso. Historicamente, eles são muito confortáveis, não têm pontas, não machucam o usuário. E outra questão é ter um bom tamanho. Um aparelho quadrado geralmente fica um pouco grande. O visual redondo maximiza o potencial da tela de mostrar informações. Tudo que podemos mostrar e ver é muito fácil de enxergar, mas não é um aparelho muito grande.

A essência do relógio é o tempo, marcar nosso progresso durante o dia, como estamos nos relacionando com o nosso tempo e o design redondo é o melhor para realizar essa função. Os desenvolvedores já estão tirando proveito desse visual curvo, inovando em formas de mostrar o progresso do tempo.


Os componentes elétricos são quadrados ou retangulares, por definição, antenas têm formato de linha reta, então para colocar tudo isso em um dispositivo redondo foi muito desafiador, mas não quisemos comprometer o visual, mas acredito que chegamos a um bom resultado.

Quanto tempo levou para o Moto 360 ficar pronto?

Bastante tempo. Preferimos dar tempo ao tempo e lançar um produto como este quando realmente sentíssemos que estávamos preparados, que tínhamos o melhor design e melhor software junto ao Google, bem como uma boa autonomia de bateria. Queríamos deixar tudo isso pronto e por só estamos lançando o produto agora.

Há alguma chance desse produto ser fabricado aqui no Brasil?

Ainda não podemos comentar sobre isso.

Como vocês resolveram o problema da bateria?

Essa é uma boa pergunta. Tudo que posso dizer é: acredito que nós resolvemos esse problema. Só é possível fazer algo assim se você se dedicar a isso desde o início, resolvendo esses detalhes, o que impede as pessoas de usar esse tipo de produto. Percebemos que o design redondo era um requisito, bem como um bom software, e, desde o princípio, acreditamos que carregar o relógio não deveria ser um problema, não devemos deixar o usuário estressado com mais um aparelho para carregar, não acreditamos que isso era certo.
Mas, por enquanto, tudo que posso dizer é que isso não deverá ser um problema.


Esse é o primeiro produto vestível que a Motorola lança. Gostaria de saber a empresa vai continuar investindo nesse tipo de tecnologia e o que você acha de dispositivos de realidade virtual, como o Oculus Rift, comprado pelo Facebook na semana passada.
Estamos muito animados com as tecnologias vestíveis. Já tínhamos produtos como o Moto Active, mas agora estamos tentando descobrir como transformar mesmo esse segmento em algo realmente importante. Os vestíveis são uma continuação da nossa missão de simplificar a vida do usuário. Muitas das coisas que fizemos no passado têm tudo a ver com isso. Os vestíveis vem à frente de todo esse histórico. Mas por enquanto, vamos manter o foco no Moto 360.

E eu adoro a realidade virtual, eu sou um gamer, jogo muito. Acredito que dispositivos como esse são incríveis e oferecem uma experiência ótima e estou muito ansioso para ver esse produto nas mãos de desenvolvedores e gamers. O Moto 360 e o Rift são produtos chamados de vestíveis, mas são diferentes. A realidade virtual leva você para um outro mundo, literalmente. Nosso aparelho tem um objetivo diferente, o de levar você de volta à realidade. Você passa muito tempo nos smartphones. Queremos simplificar a sua vida para que você tenha uma conversa de verdade, olhe o outro nos olhos e tenha uma interação normal, sem ficar o tempo todo olhando para o celular. Você poderá apenas olhar para o seu relógio e saber tudo que você precisa, sem perder o foco na conversa. Entretanto, acredito que os dois produtos têm mercados diferentes e ambos se darão bem.

Há dois rumores circulando na internet. Um é de que o Moto 360 terá uma tecnologia de tela OLED, com pixels com iluminação própria. A outra é de que o aparelho virá com sete opções de pulseiras diferentes. O que você tem a dizer sobre isso?

Há muitos rumores. Compartilhamos apenas alguns detalhes do produto porque nossa intenção era mostrar ao mundo a nossa visão nesse mercado, mas a configuração será divulgada na medida em que a data de lançamento se aproximar. Ainda não posso dizer nada sobre a tela, mas fomos muito cuidadosos com o que usamos, e garantimos que o display atende a todas as necessidades do usuário, como uma tela de boa qualidade que mostra muitas informações, mas não poderei comentar sobre a tecnologia específica.


Quanto às pulseiras, queremos dar opções aos consumidores, e por isso teremos algumas pulseiras no começo e, como eu disse, isso é algo muito pessoal, então queremos oferecer opções para todos. Mas o número exato e quando estarão disponíveis ainda não podemos revelar.

O Brasil se tornou um mercado prioritário para a Motorola devido ao sucesso do Moto G e do Moto X?

O Brasil é um mercado muito importante para a Motorola. Estamos muito felizes com o sucesso que temos aqui com outros produtos, como o Moto X e o Moto G. É por isso que estamos muito empolgados com a chegada do Moto 360 no país.

O Moto 360 estará disponível para a Copa do Mundo no mercado nacional?

Como informamos no anúncio oficial do Moto 360, ele estará disponível em alguns mercados no terceiro trimestre do ano (entre julho e setembro). Mas ainda não podemos revelar quando ele estará disponível no Brasil.

Você mencionou que o Moto G e o Moto X são populares no país, você poderia compartilhar algum dado de mercado sobre eles?
Não posso revelar números, mas posso compartilhar o reflexo desses números em felicidade interna. Todos estão muito empolgados com a recepção dos nossos produtos.

Qual é a expectativa de vendas do Moto 360 no Brasil?

Estou muito otimista. É mais do que um produto conceito, testamos sua recepção já no anúncio oficial, que causou reações muito positivas. Foi ótimo ter a validação do público de algo em que nós acreditávamos. Estou muito satisfeito com essa primeira impressão do mercado, e veremos como os consumidores irão reagir.

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São Paulo - O Moto 360 é o primeiro relógio inteligente da Motorola , que foi apresentado em meados deste mês e provocou reações positivas devido ao inédito design redondo da tela do aparelho. INFO conversou com Lior Ron, vice-presidente corporativo de gerenciamento de produtos da Motorola e uma das principais mentes por trás da criação do smartwatch, bem como do smartphone Moto X.

“Pegamos nossos celulares mais de 100 vezes por dia, para olhar a hora, ver um e-mail, e a maior parte das atividades são simples. Mesmo assim você precisa debloquear a tela, acessar o aplicativo e tudo mais. O objetivo do Moto 360 é tornar a vida mais fácil nesse sentido”, afirmou o executivo.

Ron trabalhou por sete anos no Google, a frente do Maps e do Places, e, desde 2012, ano em que a gigante das buscas comprou a fabricante de celulares, passou a integrar a equipe da Motorola. Entre os principais desafios citados pelo executivo estão a acomodação de componentes elétricos em um relógio de design redondo e o carregamento da bateria.

Apesar de não revelar detalhes sobre o último problema, ele é categórico ao dizer que a empresa resolveu essa questão de forma simples. Vale notar que esse será o primeiro smartwatch com suporte a comandos de voz. De forma similar ao que acontece no Moto X, bastará dizer "Ok, Google" e dar uma ordem ao aparelho.

Confira abaixo a entrevista de INFO com Lior Ron.

Por que a estratégia de oferecer a conexão com dispositivos de outras marcas a partir do Android 4.3?

É a nossa filosofia. Queremos levar a inovação para todos os usuários e pensamos que os consumidores esperam isso também. Eles querem ver um ecossistema aberto, um aparelho muito amigável com outros aparelhos. Isso também é uma medida para trazer mais desenvolvedores e por isso nos aliamos ao Google logo no início, para garantir que ele fosse um aparelho de ecossistema aberto para inovar. Queremos ver o que os desenvolvedores conseguem fazer com o Android Wear.


O Moto 360 terá uma versão do Android Wear com uma loja de aplicativos exclusiva para dispositivos vestíveis?

Eu perguntaria isso ao Google, mas eu posso dizer que o acesso será muito simples, algo inerente ao processo geral de uso do aparelho. Essa é uma das razões pelas quais estamos animados em termos a parceria com o Google.

O que você acredita que fará do Moto 360 um sucesso? Seria o design, o sistema novo...?

Nosso objetivo foi criar um aparelho bonito, algo que as pessoas realmente iriam querer usar. Ouvimos falar muito de tecnologias vestíveis, mas as pessoas parecem se esquecer que você precisa mesmo vestir o produto e escolher o que vestir é uma escolha muito pessoal. Afinal, você vai andar por aí com o objeto, mostrando para todo mundo. O design, portanto, não podia ser comprometido. Por isso, nos inspiramos bastante no visual de um relógio. Estudamos a arte da construção e cuidado da relojoaria para criar algo que seja belo. Esse foi o nosso principal foco desde o início.

Foi muito desafiador criar um smartwatch com tela redonda?

Sim, muito. Mas dissemos ‘se vamos fazer um relógio, ele terá que ser redondo’. Mais de 80% dos relógios no mercado são redondos — e há uma razão para isso. Historicamente, eles são muito confortáveis, não têm pontas, não machucam o usuário. E outra questão é ter um bom tamanho. Um aparelho quadrado geralmente fica um pouco grande. O visual redondo maximiza o potencial da tela de mostrar informações. Tudo que podemos mostrar e ver é muito fácil de enxergar, mas não é um aparelho muito grande.

A essência do relógio é o tempo, marcar nosso progresso durante o dia, como estamos nos relacionando com o nosso tempo e o design redondo é o melhor para realizar essa função. Os desenvolvedores já estão tirando proveito desse visual curvo, inovando em formas de mostrar o progresso do tempo.


Os componentes elétricos são quadrados ou retangulares, por definição, antenas têm formato de linha reta, então para colocar tudo isso em um dispositivo redondo foi muito desafiador, mas não quisemos comprometer o visual, mas acredito que chegamos a um bom resultado.

Quanto tempo levou para o Moto 360 ficar pronto?

Bastante tempo. Preferimos dar tempo ao tempo e lançar um produto como este quando realmente sentíssemos que estávamos preparados, que tínhamos o melhor design e melhor software junto ao Google, bem como uma boa autonomia de bateria. Queríamos deixar tudo isso pronto e por só estamos lançando o produto agora.

Há alguma chance desse produto ser fabricado aqui no Brasil?

Ainda não podemos comentar sobre isso.

Como vocês resolveram o problema da bateria?

Essa é uma boa pergunta. Tudo que posso dizer é: acredito que nós resolvemos esse problema. Só é possível fazer algo assim se você se dedicar a isso desde o início, resolvendo esses detalhes, o que impede as pessoas de usar esse tipo de produto. Percebemos que o design redondo era um requisito, bem como um bom software, e, desde o princípio, acreditamos que carregar o relógio não deveria ser um problema, não devemos deixar o usuário estressado com mais um aparelho para carregar, não acreditamos que isso era certo.
Mas, por enquanto, tudo que posso dizer é que isso não deverá ser um problema.


Esse é o primeiro produto vestível que a Motorola lança. Gostaria de saber a empresa vai continuar investindo nesse tipo de tecnologia e o que você acha de dispositivos de realidade virtual, como o Oculus Rift, comprado pelo Facebook na semana passada.
Estamos muito animados com as tecnologias vestíveis. Já tínhamos produtos como o Moto Active, mas agora estamos tentando descobrir como transformar mesmo esse segmento em algo realmente importante. Os vestíveis são uma continuação da nossa missão de simplificar a vida do usuário. Muitas das coisas que fizemos no passado têm tudo a ver com isso. Os vestíveis vem à frente de todo esse histórico. Mas por enquanto, vamos manter o foco no Moto 360.

E eu adoro a realidade virtual, eu sou um gamer, jogo muito. Acredito que dispositivos como esse são incríveis e oferecem uma experiência ótima e estou muito ansioso para ver esse produto nas mãos de desenvolvedores e gamers. O Moto 360 e o Rift são produtos chamados de vestíveis, mas são diferentes. A realidade virtual leva você para um outro mundo, literalmente. Nosso aparelho tem um objetivo diferente, o de levar você de volta à realidade. Você passa muito tempo nos smartphones. Queremos simplificar a sua vida para que você tenha uma conversa de verdade, olhe o outro nos olhos e tenha uma interação normal, sem ficar o tempo todo olhando para o celular. Você poderá apenas olhar para o seu relógio e saber tudo que você precisa, sem perder o foco na conversa. Entretanto, acredito que os dois produtos têm mercados diferentes e ambos se darão bem.

Há dois rumores circulando na internet. Um é de que o Moto 360 terá uma tecnologia de tela OLED, com pixels com iluminação própria. A outra é de que o aparelho virá com sete opções de pulseiras diferentes. O que você tem a dizer sobre isso?

Há muitos rumores. Compartilhamos apenas alguns detalhes do produto porque nossa intenção era mostrar ao mundo a nossa visão nesse mercado, mas a configuração será divulgada na medida em que a data de lançamento se aproximar. Ainda não posso dizer nada sobre a tela, mas fomos muito cuidadosos com o que usamos, e garantimos que o display atende a todas as necessidades do usuário, como uma tela de boa qualidade que mostra muitas informações, mas não poderei comentar sobre a tecnologia específica.


Quanto às pulseiras, queremos dar opções aos consumidores, e por isso teremos algumas pulseiras no começo e, como eu disse, isso é algo muito pessoal, então queremos oferecer opções para todos. Mas o número exato e quando estarão disponíveis ainda não podemos revelar.

O Brasil se tornou um mercado prioritário para a Motorola devido ao sucesso do Moto G e do Moto X?

O Brasil é um mercado muito importante para a Motorola. Estamos muito felizes com o sucesso que temos aqui com outros produtos, como o Moto X e o Moto G. É por isso que estamos muito empolgados com a chegada do Moto 360 no país.

O Moto 360 estará disponível para a Copa do Mundo no mercado nacional?

Como informamos no anúncio oficial do Moto 360, ele estará disponível em alguns mercados no terceiro trimestre do ano (entre julho e setembro). Mas ainda não podemos revelar quando ele estará disponível no Brasil.

Você mencionou que o Moto G e o Moto X são populares no país, você poderia compartilhar algum dado de mercado sobre eles?
Não posso revelar números, mas posso compartilhar o reflexo desses números em felicidade interna. Todos estão muito empolgados com a recepção dos nossos produtos.

Qual é a expectativa de vendas do Moto 360 no Brasil?

Estou muito otimista. É mais do que um produto conceito, testamos sua recepção já no anúncio oficial, que causou reações muito positivas. Foi ótimo ter a validação do público de algo em que nós acreditávamos. Estou muito satisfeito com essa primeira impressão do mercado, e veremos como os consumidores irão reagir.

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