Tecnologia

Reino Unido é vítima de ataques de ciberespionagem

Segundo o diretor do Centro de Escutas do Reino Unido, Iain Lobban, segredos empresariais estão sendo roubados a "níveis industriais" por parte de hackers estrangeiros


	Segundo a BBC, os serviços secretos estrangeiros estão por trás dos ataques de ciberespionagem contra o Reino Unido, apesar de o diretor do GCHQ não ter identificado de que países
 (REUTERS/Pawel Kopczynski/Reuters)

Segundo a BBC, os serviços secretos estrangeiros estão por trás dos ataques de ciberespionagem contra o Reino Unido, apesar de o diretor do GCHQ não ter identificado de que países (REUTERS/Pawel Kopczynski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 06h33.

Londres - Cerca de 70 ataques de ciberespionagem acontecem todo mês contra redes do Governo britânico e companhias privadas para roubar segredos empresariais, segundo revelou o diretor do Centro de Escutas do Reino Unido, o GCHQ, Iain Lobban.

Em entrevista à BBC divulgadas nesta segunda-feira, Lobban afirmou que os segredos empresariais estão sendo roubados a "níveis industriais" por parte de hackers estrangeiros, que estão há dois anos fazendo estas atividades contra o Reino Unido.

"Há gente que está por trás da propriedade intelectual e depois procura obter um benefício nacional. Há alguns anos começamos a pensar que isto tinha a ver muito com o setor da defesa, mas na realidade é de qualquer propriedade intelectual que possa ser recolhida", disse o responsável do GCHQ.

Este centro de escutas, situado na cidade de Cheltenham, oeste da Inglaterra, foi objeto de uma polêmica depois que o ex-técnico da CIA Edward Snowden revelou que o GCHQ teve acesso ao chamado sistema Prism, um programa de vigilância criado pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, em inglês) para ter acesso à informação eletrônica dos cidadãos.

Segundo a BBC, os serviços secretos estrangeiros estão por trás dos ataques de ciberespionagem contra o Reino Unido, apesar de o diretor do GCHQ não ter identificado de que países.

De acordo com o presidente da empresa de telecomunicações BT, Michael Rake, estas ameaças são "reais", "sofisticadas" e causam "danos financeiros", já que a espionagem está centrada em conhecer com antecipação as atividades da empresa.

O responsável de cibernética dos serviços de contra-espionagem MI5, que preferiu se manter no anonimato, disse também à BBC que há países "interessados em fusões de companhias e na atividade de aquisições, suas intenções de negócios conjuntos, sua direção estratégica sobre os próximos anos".

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