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Regiões metropolitanas têm 9,5 milhões de smartphones

Pelo levantamento, são 60 milhões de handsets em áreas urbanas no País ao todo


	Celulares: Os acessos à web no celular são mais comuns enquanto espera algum atendimento, mostra pesquisa
 (Getty Images)

Celulares: Os acessos à web no celular são mais comuns enquanto espera algum atendimento, mostra pesquisa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 15h44.

São Paulo - Números referentes ao mês de junho e divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Ibope Nielsen durante o MMA Mobile Day em São Paulo mostram que existem 9,5 milhões de smartphones ativos em regiões metropolitanas no Brasil. Para o instituto, isso se traduz em um grande potencial para a convergência com outras plataformas.Segundo a pesquisa, que entrevistou 4.600 pessoas de 18 anos ou mais, a penetração de smartphones na população subiu de 7% em 2009 para 13% em 2012.

Pelo levantamento, são 60 milhões de handsets em áreas urbanas no País ao todo. Desses, 5,2 milhões acessaram a web pelo celular ou smartphone. É um número pequeno perante os 41,5 milhões de internautas ativos (isto é, que acessam ao menos uma vez por mês) em domicílios, mas vem crescendo ao longo dos anos.

Quem mais usa dispositivos móveis são jovens na faixa dos 20 aos 34 anos: a penetração saiu de 68% para 94% da população em cinco anos. Em geral, utiliza-se mais o e-mail (87%), seguido de serviços de buscas (79%) e redes sociais (77%) em celulares conectados. A convergência para uma experiência multitela também é uma tendência observada: 18% dos internautas brasileiros navegam enquanto assistem TV. Cinco por cento fazem isso e ainda comentam em redes sociais. Dos que fazem esse consumo simultâneo, 70% navegam motivados pela TV e 80% dos consumidores que também comentam são levados a assistirem TV por conta da Internet.

Os acessos à web no celular são mais comuns enquanto espera algum atendimento (84%), quando se está de carona em um carro (59%) e no transporte público (58%). Essa navegação é feita por 32% dos entrevistados com um browser e um aplicativo na mesma proporção. Mas há barreiras estruturais que impedem uma maior quantidade de acesso. “A qualidade do serviço ainda é muito ruim. Tem-se o aparelho, a vontade e a dependência, mas, no serviço mais básico [a telefonia], não funciona”, reclama a diretora executiva do Ibope, Fábia Juliasz. Outro problema, diz, é medir corretamente a utilização para a inclusão da categoria móvel no planejamento de mídia das empresas, permitindo uma maior difusão de serviços e, consequentemente, acessos.


Para Fábia, ainda há muito a ser feito para começar a encarar o mundo móvel com mais seriedade. “É como a Internet 15 anos atrás: essa é a impressão que eu tenho quando fazemos pesquisa de mobile. É uma indústria em formação”, diz. Porém, ela ressalta que, diferente da web, a evolução da penetração de smartphones e tablets é muito maior.

Lado das companhias

Gerente de conexões para consumidores da Coca-Cola, Cíntia Santos Nishio concorda com a diretora executiva do Ibope. “Internamente, ainda temos dificuldade por barreiras de mensuração, de alcance e de entrega efetiva para a experiência do consumidor. A gente acredita que a mobilidade é um grande capacitor, mas precisamos começar internamente”, diz. Otimista, o diretor de novos negócios da ESPN Brasil, Luís Olvalves, acredita que a base de smartphones ainda está engatinhando no País, mas vai ficar tão relevante quanto nos Estados Unidos. “Lá, o mobile é metade do nosso tráfego, com 15 milhões de videoviews por dia. A gente já começa a pensar nos serviços olhando para a mobilidade para, só depois, adaptar para outras vertentes”, afirma.

A Unilever aposta em um conceito de “always on”, prevendo que, no futuro, a própria definição de mobilidade irá se extinguir, dando lugar ao conceito de se estar online a todo momento. “Não deixamos de testar, mas temos efetivamente na nossa pauta o caminho de ser always on”, explica o gerente sênior de marketing digital para a América Latina da companhia, Rodrigo Moretz. “Internamente, a empresa já tem trazido muito desse comportamento para dentro de sua gestão”.

O gerente de grupo de alianças estratégicas para a América Latina da RIM, Angel Andana, ainda enxerga o momento atual como de primeiros passos. “Até agora, não temos visto o modelo como um gerador de receita, associamos isso à estratégia. Temos focado na experiência do usuário”, conta. Mesmo assim, o conselho que ele dá às empresas é simples: “façam uma versão mobile do website, mas também façam aplicativos”.

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