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Reator que gera energia com a mesma reação que ocorre no Sol pode ficar pronto em dez anos

O equipamento tem o tamanho de um motor de jato, e poderia ser utilizado em aviões, naves espaciais, navios e abastecer cidades inteiras, com as dimensões apropriadas

Reator (Divulgação/Lockheed Martin)

Reator (Divulgação/Lockheed Martin)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2015 às 11h36.

A Skunk Works, divisão de tecnologia experimental da empresa aeroespacial americana Lockheed Martin, tem trabalhado em um novo design de reator de fusão nuclear que pode, segundo seus criadores, revolucionar a geração de energia global em dez anos. 

O equipamento tem o tamanho de um motor de jato, e poderia ser utilizado em aviões, naves espaciais, navios e abastecer cidades inteiras, com as dimensões apropriadas. 

A busca por um reator de fusão nuclear, mesmo processo observado no interior de estrelas, como o Sol, tem mantido cientistas das maiores empresas do ramo ocupados há anos. O grande problema desse equipamento, que poderia gerar energia limpa e constante, é que os projetos atuais exigem muita energia para manter o núcleo estável, tornando-os ineficientes. 

O desenho mais popular atualmente se originou na União Soviética, e é conhecido como Tokamak. Uma instalação de testes baseada nesse modelo está sendo construída na França, e exemplifica os desafios de engenharia encontrados para implementar essa tecnologia – com instalações enormes e produtividade suficiente apenas para uma escala experimental.

Segundo o chefe da divisão da Lockheed Martin responsável, o novo reator de fusão nuclear portátil utiliza um design tubular, protegido por campos magnéticos gerados por imãs supercondutores, que suportaria mais plasma em seu interior – uma das limitações centrais desse tipo de equipamento.

Por causa dessa incapacidade de reter plasma, os reatores do tipo Tokamak exigem estruturas enormes, como é o caso do já citado Reator Experimental Termonuclear Internacional, que deve ser concluído em 2016. “Gostaríamos de ter um protótipo em cinco gerações. Se conseguirmos manter nosso plano de fazer uma geração de design-teste a cada ano, estamos a cinco anos [desse protótipo], e já mostramos que podemos fazer isso no laboratório”, diz o Dr. Thomas McGuire, chefe da divisão encarregada do projeto. 

Depois que esse protótipo comprovasse as conclusões de sua equipe, segundo McGuire, em mais cinco anos a humanidade teria seu primeiro reator de fusão nuclear comercialmente viável. Em outras palavras, teríamos nossos próprios Sóis portáteis, capazes de fornecer energia limpa para um futuro mais sustentável. 

Fonte: Aviation Week

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