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Rafinha Bastos deixa humor de lado em novo canal no YouTube

Com uma pegada mais séria, canal Marcapasso contará histórias do cotidiano de diferentes pessoas, retratando suas dificuldades e transformações

Ator e comediante Rafinha Bastos: em nova empreitada, Rafinha deixa o humor de lado para lançar novo canal que irá retratar histórias de vida (Divulgação)

Ator e comediante Rafinha Bastos: em nova empreitada, Rafinha deixa o humor de lado para lançar novo canal que irá retratar histórias de vida (Divulgação)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 06h36.

São Paulo – Há quase 15 anos apostando na produção de vídeos para a internet, o ator e comediante Rafinha Bastos conhece o sucesso muito bem: seu canal pessoal no YouTube, que está no ar desde 2006, atingiu neste ano a marca de um milhão de inscritos e acumula quase 120 milhões de visualizações.

Aproveitando a onda dos bons números registrados neste canal, Rafinha resolveu deixar o humor de lado em seu novo projeto: o Marcapasso, que já está no ar no site de compartilhamento de vídeos. Produzido em parceria com o diretor Leo Rapini, o canal terá uma pegada mais séria e contará histórias de vida na forma de documentários de curta duração.

Marcapasso terá novos conteúdos toda quarta-feira e se dividirá em três séries. Em “Hoje”, a equipe acompanhará um dia na vida de quem enfrenta situações difíceis e em “Dois” serão relatados casos de pessoas que se conheceram ao acaso, mas que tiveram suas histórias transformadas por conta do encontro. Já “Paratudo” mostrará intervenções urbanas pelas ruas do país.

EXAME.com conversou com Rafinha Bastos sobre sua nova empreitada e também sobre o crescimento dos programas de internet produzidos no Brasil. Confira abaixo.

EXAME.com – De onde surgiu a ideia do Marcapasso?

Rafinha Bastos – Venho produzindo conteúdo na internet desde 1999 e há tempos queria produzir algo que não estivesse no âmbito da comédia. Já ando fazendo isso fora da internet, onde acho que a comédia já está bem servida. Então comecei a pesquisar, amadurecer a ideia e aí surgiu o Marcapasso.


EXAME.com – O humor está em alta na internet. Acha que um programa com uma pegada mais dramática irá ter o mesmo sucesso?

Rafinha – Não faço a menor ideia, mas é excitante pensar que não tenho controle sobre isso. É algo absolutamente novo pra mim e para o público. Vamos ver. Não acho que será um projeto que terá os mesmos números da comédia, mas será bem visto.

Pra mim, o mais importante não é a quantidade de pageviews e sim fazer um conteúdo de qualidade. Por mais que eu faça comédia, sou artista, então acho que depender da resposta do público pode me deixar amarrado.

E a internet me dá a liberdade colocar no ar o que eu quiser e é uma abertura que me fascina desde sempre. Quero mostrar que a internet é mais do que comédia. Não quero cuspir no prato em que comi, mas acho que temos espaço para mil projetos e formas de expressão.

EXAME.com - Você já tem um popular canal no YouTube, focado em humor, e agora está lançando o Marcapasso. Nunca pensou em levá-lo para a televisão?

Rafinha – Sabe que não? Não sei, não pensei em televisão e não o criei para que migrasse para a TV. Muitos amigos assistiram e disseram que o Marcapasso seria perfeito para o Fantástico, por exemplo. Gosto da produção na internet e nada impede de levar isso para a televisão. Mas esta não é a expectativa, pois a ideia é ser um canal de internet.

EXAME.com - Hoje existem muitos exemplos bem sucedidos de programas na internet no Brasil. Como você vê o futuro destes vídeos?

Rafinha – O Google evoluiu ao ponto de as pessoas conseguirem ter sucesso no YouTube. Ele permite que seja possível financiar as próprias produções e isso tende a atrair ainda mais gente. Se você está em casa agora, é criativo, não tem emprego, mas tem uma câmera, talvez tenha uma oportunidade de trabalho disponível. E isso vai fazer com que esta área cresça ainda mais.

O que ganho com meu canal pessoal é suficiente para pagar a sua produção. Ainda é um valor pequeno, mas se você faz algo simples, pode conseguir tirar algum dinheiro. Não é por isso que eu faço, mas considerando que pode não haver gasto, é um mercado gigantesco para as pessoas. 

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