Quase 80% dos apps na App Store não são usados, diz estudo
Embora as porcentagens sejam altas, o baixo número de downloads é justificado pela dificuldade de desenvolvedores em dar destaque aos apps
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2014 às 20h36.
São Paulo - A App Store, loja de aplicativos da Apple , completou seis anos de existência ontem, celebrando mais de 75 bilhões de downloads e 15 bilhões de dólares em pagamentos aos desenvolvedores. No entanto, muitos desses apps nem chegam a ser utilizados.
Segundo estudo, divulgado pela empresa de análises móveis Adjust, sobre o ciclo de vida dos aplicativos na plataforma iOS, quase 80% dos 1,2 milhão de apps disponíveis na loja estão estagnados e praticamente não são baixados pelos usuários.
A Adjust usa o termo “app zumbi” para descrever o aplicativo que não recebem menções em listas e rankings da App Store. Em junho deste ano, 953.387 apps dos 1.197.087 disponíveis (ou seja, 80%) eram “apps zumbis” — em junho de 2013 este número era de 70%.
Embora as porcentagens sejam altas, o baixo número de downloads é justificado pela dificuldade dos desenvolvedores terem seus apps em destaque e facilmente localizados.
Com mais de 600 mil apps adicionados a cada mês na App Store, fica cada vez mais difícil para um app se sobressair. De acordo com a Adjust, apenas um quinto dos apps estava bem destacado em junho.
Para um app se destacar e não ficar como um “app zumbi” seria preciso ser listado em um dos 39.171 rankings da App Store a cada dois ou três dias durante o mês.
Recentemente, a Apple modificou suas listas para exibir somente os 150 melhores apps em cada um dos mais de 39 mil rankings em sua loja — até então a empresa chegava a listar os 350 melhores e esta mudança dificultou ainda mais a vida dos desenvolvedores.
Além disso, segundo o estudo, 21% dos apps que estavam na App Store não existem mais, ou por terem violado alguma das políticas da Apple ou por serem removidos pelos próprios desenvolvedores.
Entre as categorias com maior número de apps removidos estão a de livros (com 27%), entretenimento (25%) e utilitários (25%).