Saiba como a Shein usa tecnologia contra a rival Temu na dominação do varejo global
As gigantes do e-commerce chinês intensificam suas táticas competitivas nos mercados internacionais, evocando uma investigação sobre monopólio
Repórter
Publicado em 31 de julho de 2023 às 10h41.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às 10h46.
A competição entre duas das maiores empresas de comércio eletrônico da China, Shein e Temu, está ganhando novos contornos,à medida que ambas expandem seus interesses e táticas nos mercados internacionais.
O mais recente movimento foi um documento judicial apresentado pela Temu, nos EUA, acusando a Shein de práticas anti-competitivas.
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Segundo a Temu, a Shein usou o seu marketplace, que atualmente conta com uma robusta análise de dados para prever vendas e antecipar estoques, e estabeleceu contratos exclusivos com fabricantes de roupas, impedindo o acesso a fornecedores por outras empresas.
Dados da Temu indicam que, entre cerca de 8.338 fabricantes capazes de atender a demanda de fast fashion, ao menos 70% deles tiveram de assinar acordos de exclusividade com a Shein.
Estilo chinês de competir
A prática não é novidade na China. No passado, o Alibaba impôs a política do "escolher um entre dois", na qual os fornecedores eram solicitados a vender exclusivamente em suas plataformas prometendo ganhos excepcionais ao usar de mais tecnologia para vender.
No final de 2020, o governo chinês lançou uma investigação sobre o Alibaba por práticas de monopólio.
Desde então, a China propôs uma lei anti-monopólio para controlar o poder de seus gigantes da internet. Agora, a questão é se haverá alguma ação no combate em curso entre Shein e Temu.