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Por que esta palestra do TED pede fim de Google e Facebook grátis

Cientista da computação Jaron Lanier fala sobre o lado ruim de serviços online gratuitos e pede por novo modelos de negócios no Vale do Silício

Jaron Lanier: cientista da computação pede fim de serviços grátis na internet (Brian Ach/Getty Images for The New Yorker/Getty Images)

Victor Caputo

Publicado em 16 de abril de 2018 às 16h41.

São Paulo – Um palestrante da conferência TED pediu o fim de serviços gratuitos bancados por anúncios na internet ao chamar o modelo de um “erro” (assista à apresentação no final deste texto). A conferência TED deste ano aconteceu no último final de semana em Vancouver, no Canadá.

Jaron Lanier é um pioneiro da realidade virtual, cientista da computação e filósofo da computação (ele também já gravou alguns discos de música clássica). Em sua fala de 15 minutos, Lanier fez uma breve recapitulação da internet e de serviços online.

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Com uma mentalidade de amplo acesso, o único modelo de negócios possível para não criar barreiras de acesso ao conteúdo online como ambicionado nos primórdios da internet era recorrer a anúncios que financiavam serviços como redes sociais ( Facebook ), ferramentas de buscas ( Google ), entre outros.

“O que começou como anúncio realmente não pode mais ser chamado disso—mudou para modificação de comportamento”, diz. Ele vai mais longe e diz que se recusa chamar empresas de "redes sociais", optando por "impérios de mudanças de comportamento".

Em tom catastrofista, o palestrante afirmou que o futuro da humanidade dependeria de um novo modelo. Ele sugere alguma forma de pagamento ou a implantação de pequenas transferências para o uso de serviços online.

A dura fala de Lanier vem em meio a uma crise do modelo de anúncios, puxado, principalmente, pelo vazamento de dados de usuários do Facebook. Na última semana, o CEO e cofundador da rede social Mark Zuckerberg testemunhou por dois dias ao Congresso americano.

Abaixo, você pode assistir à palestra de Lanier. Ela é em inglês e as legendas, por ora, estão disponíveis apenas em inglês.

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