Obama e Cameron: ideia é testar a capacidade de cada agência de lidar com problemas (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 19h29.
São Paulo - As agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido começarão a se atacar ciberneticamente em breve.
Mas não se trata de uma guerra, e sim de diversas simulações, que foram oficializadas nesta sexta-feira durante uma visita do primeiro-ministro britânico David Cameron ao país do presidente norte-americano Barack Obama.
Os ataques virtuais terão como alvos diversos setores monitorados pelas agências inglesas GCHQ e MI5 e pelas americanas FBI e NSA, conforme relata o Wall Street Journal (WSJ).
A ideia é testar a capacidade de cada uma de lidar com problemas, como parte de um novo esforço para melhorar as defesas diante da crescente preocupação em relação a vulnerabilidades de infraestruturas críticas a atacantes online, diz a reportagem.
A primeira simulação acontecerá ainda neste ano, e envolverá os setores financeiros de cada lado, incluindo bancos de Wall Street e do distrito financeiro de Londres.
Novas rodadas desses jogos de guerra devem acontecer posteriormente, focando nas áreas de energia e transporte, de acordo com o WSJ.
A experiência adquirida nesses testes também será compartilhada entre EUA e Reino Unido, que selaram um acordo para agilizar a troca de informações relacionadas a ameaças virtuais.
Por fim, os dois países ainda investirão na formação de uma nova geração de ciber-agentes, preparada para lidar com invasões do tipo e com políticas agora unificadas ao menos entre as duas nações de padrões de segurança.