Polícia australiana investiga Google em questão de privacidade
A investigação decorre de de queixas de cidadãos sobre as atividades de funcionários que trabalhavam na captura de imagens para o Google Maps
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2010 às 14h46.
Melbourne - A polícia australiana foi convocada a investigar o gigante de Internet Google quanto a possíveis violações das leis de privacidade das telecomunicações, anunciou o secretário da Justiça do país no domingo.
A investigação é decorrente de queixas de cidadãos australianos sobre as atividades de funcionários do Google enquanto capturavam imagens para utilização no Google Maps, o serviço de mapas da empresa de buscas.
O serviço "Street View" vem sofrendo ataques em diversos países recentemente. A companhia informou que havia recolhido dados pessoais involuntariamente, ao registrar informações de redes sem fio não criptografadas nos últimos anos.
O Google anunciou no domingo que cooperaria com as investigações da polícia australiana. A investigação surge em meio a uma onda mundial de críticas quanto à coleta de informações pessoais por gigantes da Internet, entre os quais, Google e Facebook.
O assunto foi encaminhado à polícia federal australiana na sexta-feira após queixas do público, disse Robert McClelland a jornalistas em Melbourne na abertura de um fórum sobre segurança na Internet.
"Na sexta-feira, o gabinete do secretário de Justiça se referiu a essas alegações e denúncias à polícia federal australiana," disse McClelland. "Elas se relacionam de maneira substancial a possíveis violações da lei de interceptação de telecomunicações, que impede que pessoas acessem comunicações eletrônicas para propósitos não autorizados."
Uma porta-voz da polícia confirmou que as denúncias haviam sido encaminhadas. Alan Eustace, executivo sênior do Google, disse no mês passado que a empresa havia erroneamente recolhido dados pessoais de redes sem fio, e ordenado que a prática fosse abandonada. Ele afirmou, no entanto, que isso só acontecia com redes sem fio não criptografadas, e que nenhum desses dados era utilizado em produtos do Google.
Uma porta-voz do Google afirmou no domingo que a empresa havia cometido um erro. "Foi um erro. Estamos conversando com as autoridades apropriadas a fim de responder a quaisquer perguntas que tenham," ela comunicou à Reuters por e-mail.
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