Plano de banda larga é adiado de novo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom cauteloso na reunião realizada ontem para discutir o Plano Nacional de Banda Larga e decidiu dar mais tempo para bater o martelo sobre o assunto. Segundo um técnico que participa das discussões, o programa ainda não está suficientemente maduro para ser lançado. Por isso, uma […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom cauteloso na reunião realizada ontem para discutir o Plano Nacional de Banda Larga e decidiu dar mais tempo para bater o martelo sobre o assunto. Segundo um técnico que participa das discussões, o programa ainda não está suficientemente maduro para ser lançado. Por isso, uma nova reunião será feita para acertar os últimos detalhes jurídicos, financeiros e de cobertura do plano.
De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a reunião foi marcada para a próxima quinta-feira. Perguntado sobre as divergências que impediram uma definição do assunto, Bernardo não quis entrar em detalhes. Limitou-se a informar que o encontro, do qual participaram sete ministros e três secretários executivos, não foi conclusivo.
O presidente, de acordo com o técnico, que não quis se identificar, quer ter certeza dos números apresentados para tomar sua decisão, mas está convicto de que tem de criar condições para massificar os serviços de banda larga no País e baixar os preços. O governo ainda persiste na ideia de anunciar as diretrizes do plano ainda neste mês. Uma das preocupações do presidente, manifestada na reunião, é a de se evitar a criação de uma despesa para o governo. Ele teria dito no encontro que não quer que a empresa de banda larga represente um ônus para o País, mas que sirva de instrumento para alavancar o progresso.
De acordo com o técnico, ainda não está decidido quem fará a operação do plano, se será a Telebrás ou se será criada uma empresa para esta função. Os cenários de investimentos variam de acordo com a extensão do plano, chegando a até R$ 15 bilhões. Esses aportes dependem do alcance do programa, partindo de uma operação apenas no atacado, na qual a estatal faria apenas a transmissão de dados, até uma atuação plena, com o governo oferecendo os serviços de internet rápida ao consumidor final. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.