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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Até o fim do ano será testado inicialmente no Aeroporto Internacional de Brasília o novo sistema de automatização informatizada para o trânsito migratório, a exemplo do que já é feito na União Europeia.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Justiça vai começar a implantar, durante o segundo semestre, a leitura de passaportes por meio de microprocessadores (chips) inseridos na contracapa do documento.Isto vai permitir a leitura dos dados do passageiro sem interferência de operadores, tornando o trânsito nos aeroportos mais rápido e seguro.
Essas medidas fazem parte da politica de segurança que o Ministério da Justiça planeja implantar para facilitar o tráfego de passageiros até a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, esclareceu que a modernização dos passaportes não acarretará na troca obrigatória do documento, que deverá ser feita de forma gradativa.
O viajante que tiver o passaporte com chip levará cerca de oito segundos para ter o acesso liberado nos aeroportos. A informatização poderá também facilitar viagens para países da União Europeia, mediante acordos que o Brasil negocia com Portugal - uma das principais portas de entrada de brasileiros na Europa -, onde o sistema já funciona.
O ministro lembrou que o Ministério da Justiça já elaborou plano com vista à Copa do Mundo em relação à presença de estrangeiros nos portos, aeroportos e fronteiras, a cargo da Polícia Federal. Tudo se originou da experiência dos Jogos Pan-Americanos, cujos métodos serão aperfeiçoados para a Copa e as Olimpíadas de 2016. Barreto garantiu que haverá tempo suficiente para que tudo seja implantado, inclusive as políticas de capacitação da força policial, com investimentos em tecnologia e treinamento para que a segurança seja eficiente.
"Isso é o que espera não só o Brasil, mas também o Comitê Olímpico Internacional", arrematou Barreto.
O ministro falou sobre o assunto depois de presidir, nesta manhã (21/7), a solenidade de assinatura de acordo de cooperação técnica para execução da pesquisa Participação Social e Governança Democrática da Segurança Pública, que vai ser feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O objetivo é avaliar a participação social no Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), reestruturado em 2009.