Tecnologia

Para continuar crescendo, Zoom agora vai apostar no mercado de hardware

Startup americana quer impulsionar sua plataforma com o lançamento de um produto voltado para melhorar a qualidade das chamadas de vídeo

Zoom for Home: linha de produtos de hardware foi apresentada pela startup americana nesta semana (YouTube/Reprodução)

Zoom for Home: linha de produtos de hardware foi apresentada pela startup americana nesta semana (YouTube/Reprodução)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 16 de julho de 2020 às 11h53.

Depois de ser uma das empresas que mais cresceu durante a pandemia do coronavírus, a startup americana Zoom Video Communications está de olho na expansão de seus negócios focando em outras áreas. Nesta semana, a companhia anunciou uma linha de dispositivos físicos voltados para facilitar as videoconferências realizadas na plataforma.

A linha de produtos é chamada de Zoom for Home e está sendo desenvolvida em uma parceria com a empresa americana DTEN. Com previsão de lançamento em agosto, o primeiro dispositivo fabricado trata-se de um monitor de 27 polegadas com tela sensível ao toque e equipado com três câmeras grande-angulares de alta definição e oito microfones. O preço sugerido para venda será de 599 dólares.

A aposta da Zoom no mercado de hardware é curiosa, mas não chega a ser surpreendente. Vale lembrar que outras empresas de tecnologia também apresentaram produtos semelhantes para facilitar a realização de chamadas de vídeo. A Amazon, por exemplo, desenvolveu versões mais parrudas do alto-falante inteligente Echo e o Facebook tem o Portal, o seu próprio dispositivo voltado para videoconferências.

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Ao mesmo tempo, vale destacar que existe um certo contraponto nesta estratégia se comparada com a de outras gigantes da tecnologia que querem migrar do hardware para o software. A Apple talvez seja o maior exemplo. A empresa da maçã já observa suas receitas com serviços crescerem vertiginosamente enquanto com quedas nas vendas de dispositivos como celulares e tablets.

A companhia faturou 28,9 bilhões de dólares com a venda de iPhones no primeiro trimestre deste ano. Ao mesmo tempo, a empresa embolsou 13,3 bilhões de dólares com seu setor de serviços, que engloba a receita obtida por plataformas como  iTunes, App Store, Apple Music, Apple Pay, entre outros. Esta já é a segunda maior fonte de renda da empresa de Cupertino.

Focar neste tipo de estratégia não é algo incomum. Vale destacar que somente em 2019, o mercado de smartphones recuou 0,2%. Segundo a consultoria americana IDC, há previsão de retração entre 10% e 15% neste ano. Outra consultoria, a Gartner, espera queda de 14,6% no comércio global de celulares durante 2020.

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