Exame Logo

Países do Brics querem mais influência na gestão da internet

Emergentes pediram a ONU a criação de uma agência para o setor; ativistas reclamam de ameaça a liberdade

Ativistas reclamam que os países querem controlar a internet (Simon Stratford / SXC)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 14h58.

Nairóbi, Quênia - Os ativistas que defendem regulamentação frouxa da internet estão alarmados devido à busca, pelos países do Brics e outras economias emergentes em rápido crescimento, de maior influência sobre a maneira pela qual a rede é policiada. Na opinião deles, trata-se de uma ameaça à liberdade online.

Eles temem que controle governamental mais severo por parte de países autoritários estrangule a cultura liberal que permitiu à internet, ainda jovem, prosperar e propelir o crescimento econômico e a inovação.

China, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão no mês passado propuseram às Nações Unidas um código mundial de conduta que incorporaria, entre outros princípios, o de que "Estados têm o direito soberano a exercer autoridade policial sobre questões públicas relacionadas à internet."

A China exerce censura e vigilância abrangentes sobre os seus 500 milhões de internautas, a maior população mundial de usuários da rede, enquanto o Uzbequistão é visto como "inimigo da internet" pela Repórteres Sem Fronteiras, organização que defende a liberdade de imprensa.

"Alguns desses países têm caráter mais autoritário, e por isso estão acostumados a interferir com o pressuposto da liberdade de expressão", declarou o pioneiro da internet Vinton Cerf, em uma entrevista durante o internet Governance Forum, em Nairóbi.

Índia, Brasil e África do Sul --que junto com China formam os Brics-- propuseram criar uma nova agência da ONU para orientar a política mundial de internet. Essas economias estão frustradas por o seu crescente poder econômico não estar refletido nas múltiplas organizações que trabalham juntas para manter a internet em operação.

O Brics não está sozinho em seus apelos por mais controle.

O presidente francês Nicolas Sarkozy, que defende uma lei para coibir a pirataria online que restringiria o acesso dos praticantes de pirataria à internet, este ano convocou uma conferência de cúpula sobre a internet, a e-g8, onde defendeu a necessidade de maior regulamentação.

Há questões complexas em jogo. A mesma relativa falta de regulamentação que estimulou imensas inovações e facilitou o trabalho dos revolucionários da Primavera Árabe também facilita a propagação de pornografia infantil e a fraude online em todo o mundo.

Veja também

Nairóbi, Quênia - Os ativistas que defendem regulamentação frouxa da internet estão alarmados devido à busca, pelos países do Brics e outras economias emergentes em rápido crescimento, de maior influência sobre a maneira pela qual a rede é policiada. Na opinião deles, trata-se de uma ameaça à liberdade online.

Eles temem que controle governamental mais severo por parte de países autoritários estrangule a cultura liberal que permitiu à internet, ainda jovem, prosperar e propelir o crescimento econômico e a inovação.

China, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão no mês passado propuseram às Nações Unidas um código mundial de conduta que incorporaria, entre outros princípios, o de que "Estados têm o direito soberano a exercer autoridade policial sobre questões públicas relacionadas à internet."

A China exerce censura e vigilância abrangentes sobre os seus 500 milhões de internautas, a maior população mundial de usuários da rede, enquanto o Uzbequistão é visto como "inimigo da internet" pela Repórteres Sem Fronteiras, organização que defende a liberdade de imprensa.

"Alguns desses países têm caráter mais autoritário, e por isso estão acostumados a interferir com o pressuposto da liberdade de expressão", declarou o pioneiro da internet Vinton Cerf, em uma entrevista durante o internet Governance Forum, em Nairóbi.

Índia, Brasil e África do Sul --que junto com China formam os Brics-- propuseram criar uma nova agência da ONU para orientar a política mundial de internet. Essas economias estão frustradas por o seu crescente poder econômico não estar refletido nas múltiplas organizações que trabalham juntas para manter a internet em operação.

O Brics não está sozinho em seus apelos por mais controle.

O presidente francês Nicolas Sarkozy, que defende uma lei para coibir a pirataria online que restringiria o acesso dos praticantes de pirataria à internet, este ano convocou uma conferência de cúpula sobre a internet, a e-g8, onde defendeu a necessidade de maior regulamentação.

Há questões complexas em jogo. A mesma relativa falta de regulamentação que estimulou imensas inovações e facilitou o trabalho dos revolucionários da Primavera Árabe também facilita a propagação de pornografia infantil e a fraude online em todo o mundo.

Acompanhe tudo sobre:BricsCensuraInternetRegulamentação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame