Tecnologia

Operadora admite vazamento de água radioativa em Fukushima

Tóquio - A Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora da central de Fukushima, palco de um grave acidente nuclear em 2011, admitiu ter detectado pela primeira vez o...

Fukushima (Reprodução)

Fukushima (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Tóquio - A Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora da central de Fukushima, palco de um grave acidente nuclear em 2011, admitiu ter detectado pela primeira vez o vazamento de água radioativa dos porões da usina ao mar.

"Queremos oferecer nossas mais sinceras desculpas. Fizemos todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da usina", detalhou um porta-voz da companhia, em declarações publicadas nesta terça-feira (data local) pelo jornal "Nikkei".

Apesar de seu anúncio, a TEPCO considera que a quantidade de água radioativa despejada no mar é muito limitada e ocorreu na zona do porto situado frente às unidades da central, isolada do mar aberto.

Neste sentido, a elétrica não espera que a detecção desta água contaminada no mar provoque um impacto significativo para o meio ambiente.

A TEPCO começou a suspeitar da possibilidade que estivesse vazando água radioativa ao mar após detectar líquido contaminado nos poços de observação situados entre as unidades nucleares e o porto da central com até 9 mil becquereles por litro de césio-134 e 18 mil becquereles por litro de césio-137.

Nesta linha, no início do mês, a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão já anunciava sua "firme suspeita" que a água radioativa concentrada nos porões da acidentada usina nuclear estava vazando ao solo e ao mar.

Atualmente, a principal preocupação nos trabalhos para desmantelar a usina é o acúmulo de água contaminada no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores nucleares, líquido que aumenta diariamente pelo vazamento de água subterrânea proveniente das zonas contíguas.

Para isolá-lo, a elétrica conta dentro do complexo nuclear com cerca de mil contêineres nos quais armazena este água radioativa, parte da qual utiliza, uma vez retirada o sal e as partículas radioativas, para esfriar os reatores

Após o acidente nuclear de Fukushima em 2011, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3,5 mil trabalhadores lutam diariamente na central japonesa para dar por concluída a crise atômica, um trabalho que pode se prolongar durante os próximos 30 ou 40 anos. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearINFOInfraestruturaJapãoPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Tecnologia

Coração artificial de titânio é implantado pela primeira vez em um humano

Conheça a WikiFauna, as criaturas fantásticas que mantêm a Wikipedia viva

Aplicativos de namoro perdem popularidade enquanto solteiros buscam experiências offline

Google aposenta Chromecast e lança TV Streamer com IA

Mais na Exame