Tecnologia

Operações bancárias com celular e tablet crescem 335%

Internet, que desde 2010 é o principal meio de relacionamento com os bancos, avançou 8,6% em relação a 2011 e respondeu por 37% das operaçõe


	Homem com smartphone: aparelhos ainda respondem por apenas 2% dessas transações, mas são o canal de atendimento que mais cresce
 (Getty Images)

Homem com smartphone: aparelhos ainda respondem por apenas 2% dessas transações, mas são o canal de atendimento que mais cresce (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 19h59.

Brasília - Telefones celulares e tablets ganham espaço como meio de relacionamento dos bancos com os clientes. Pesquisa do Banco Central (BC) mostra que o número de operações feitas por meio de aplicativos em celulares e tablets cresceu 335% em 2012 em relação a 2011. Esses aparelhos ainda respondem por apenas 2% dessas transações, mas são o canal de atendimento que mais cresce hoje no País.

A internet, que desde 2010 é o principal meio de relacionamento com os bancos, avançou 8,6% em relação a 2011 e respondeu por 37% das operações. A procura por agências e caixas eletrônicos, por outro lado, seguiu em queda. Os clientes também têm recorrido cada vez mais a estabelecimentos conveniados, como lotéricas e farmácias.

Dada a evolução das tecnologias de relacionamento entre cliente e bancos, o Banco Central (BC) ganhou mais poderes para regular o mercado de cartões e as tecnologias em desenvolvimento para transações entre celulares, por exemplo. As novas regras foram sancionadas nesta quarta-feira, 9, pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda dependem de regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com o BC, as mudanças contribuirão para aumentar a competição e reduzir custos.

Os clientes usam os telefones móveis, em geral, apenas para consultas bancárias. Segundo o BC, 98% dos acessos não envolveram operações financeiras em 2012, apesar de os bancos oferecerem aplicativos com várias opções de serviços desse tipo. O pagamento de contas, por exemplo, cresceu em ritmo inferior ao aumento do total de operações por meio desse canal. Na internet, pelo contrário, as operações financeiras ganham espaço a cada ano e já representam 25% do total, com destaque para pagamentos e transferências.


O levantamento também mostra que o uso de agências e caixas eletrônicos caiu 1% em relação a 2011. As duas modalidades responderam, respectivamente, por 25% e 26% das transações. No primeiro caso, o destaque foi a queda de 12% no pagamento de contas nos estabelecimentos bancários. As agências perdem esse mercado para correspondentes, como lotéricas, farmácias e supermercados, líderes nesse tipo de serviço.

Os números do BC mostram que mais da metade dos clientes que foram aos bancos procuravam serviços que não envolviam operações financeiras, o que inclui abertura de conta e solução de dificuldades, por exemplo. Em relação aos caixas automáticos, houve redução no número de saques, consultas e depósitos, operações que respondem por 83% do total. A instituição ressalta também que não houve aumento significativo no número de máquinas disponíveis ao público. Em alguns locais, como no Estado de São Paulo, por exemplo, houve até redução.

Em termos de atendimento presencial, os correspondentes bancários registraram aumento de apenas 4% nas transações em 2012. Com isso, tiveram pequena queda de participação, para 9% do total. Estabelecimentos conveniados como lotéricas e farmácias verificaram aumento de 14% no pagamento de contas, maior porcentual entre todos os canais de atendimento. Na comparação com 2010, internet e aparelhos móveis são os únicos meios de atendimento que aumentaram a participação no total. Juntos, passaram a responder por quase 40% das transações bancárias, ante 34% dois anos antes.

Cheque

O BC anunciou ainda que houve queda de 9,5% no uso do cheque em relação a 2011, considerando a quantidade. O valor das transações subiu apenas 2%. Operações de débito direto e transferências cresceram, respectivamente, 5% e 7% na mesma comparação. O número de cartões de crédito em uso caiu 1,5%, enquanto o de débito avançou 14%. Em quantidade de transações, as duas modalidades de cartão cresceram 17%.

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