ONU quer debate entre países que bloquearam avião de Morales
Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse compreender as preocupações do governo da Bolívia, que encaminhou queixa...
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Brasília - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse compreender as preocupações do governo da Bolívia, que encaminhou queixa ao órgão depois que o avião presidencial foi proibido de sobrevoar quatro países da Europa e aterrissar. Ban Ki-moon pediu que os governos envolvidos debatam a questão com respeito aos legítimos direitos. Ele se sente aliviado pelo incidente não ter causado consequências para segurança" do presidente boliviano, Evo Morales e de sua comitiva.
A reação de Ban Ki-moon ocorreu por intermédio de comunicado da ONU. Compreendo as preocupações do governo da Bolívia", diz o texto. [Estou] aliviado por esse infeliz incidente não ter tido consequências para a segurança do presidente Morales e da comitiva."
O secretário-geral disse ter apelado aos países implicados que debatam a questão, respeitando os legítimos interesses em discussão. A Bolívia disse ter encaminhado queixa formal contra Portugal, a Espanha, a França e a Itália por terem fechado o espaço aéreo para a aeronave presidencial.
Na terça-feira (2), o avião de Morales foi proibido de ingressar nos espaços aéreos de Portugal, da França, da Itália e da Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo. Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria.
Snowden é acusado de espionagem nos Estados Unidos e está na Rússia à espera da concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil.
Os presidentes Dilma Rousseff, Ollanta Humala (Peru), Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Rafael Correa (Equador) prestaram solidariedade Morales. Nas declarações, eles consideraram os atos dos governos europeus uma violação à América Latina.