Óculos Google Glass começam a sair da fábrica
O Google diz que deve começar a entregar os óculos Google Glass em breve. A empresa também revelou as características técnicas do gadget
Maurício Grego
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 12h40.
São Paulo — Num e-mail enviado aos 2 mil compradores iniciais dos óculos Google Glass, o Google avisa que as primeiras unidades já estão saindo da linha de produção e começarão a ser entregues em breve. A empresa também divulgou especificações detalhadas do gadget pela primeira vez.
Os óculos entendem comandos de voz, filmam, fotografam e exibem informações provenientes do smartphone do usuário. A mensagem do Google diz que serão entregues em várias etapas, à medida que forem saindo da fábrica (o texto foi publicado no Twitter por Brian Klug, do site AnandTech).
Os primeiros compradores pagaram 1.500 dólares cada pelo privilégio de usar o Google Glass nessa primeira etapa. Esse lote dos óculos vem sendo chamado de Explorer Edition e é dirigido principalmente aos desenvolvedores de aplicativos.
O Google também publicou especificações técnicas detalhadas do Glass em seu site. O texto diz que a imagem vista pelo usuário será equivalente à de uma tela de alta resolução de 25 polegadas observada a 2,4 metros de distância. A câmera vai ser capaz de fazer fotos de 5 megapixels e filmes na resolução HD (720p).
Os óculos terão 16 GB de capacidade de armazenamento. É a mesma capacidade dos modelos mais baratos do iPad, por exemplo. O Google diz que a bateria vai suportar um dia de uso sem recarga. Mas ressalva que algumas atividades, como filmagem e bate-papo com vídeo podem consumir a energia mais rapidamente.
Como já era esperado, o Google Glass vai funcionar conectado a um smartphone com Android . O Google diz que qualquer smartphone com conexão Bluetooth pode ser usado. Mas o app MyGlass, que vai permitir o uso do GPS e o envio de SMS, só estará disponível para Android.
Outros detalhes haviam sido revelados em janeiro, quando o Glass ganhou a homologação da Federal Communications Commission (FCC, a equivalente americana da Anatel).
A aprovação da FCC significa, entre outras coisas, que os óculos não emitem radiações perigosas para o usuário, ao menos na avaliação do órgão americano. Nos documentos da FCC, há uma intrigante referência a um dispositivo vibratório nos óculos.
Ao que parece, trata-se de um transdutor que usa os ossos do crânio para conduzir o som até os ouvidos. Essa técnica já é empregada, por exemplo, em players de áudio para nadadores. A vantagem dela é que o usuário não precisa usar fones de ouvido. Mas a qualidade do som é geralmente inferior à de um bom par de fones.
O Google ainda liberou uma interface de programação (API) que vai permitir que desenvolvedores criem aplicativos para o Glass. Apps que rodam no smartphone podem enviar textos, páginas no estilo da web (em HTML), imagens e vídeos para os óculos. Mas o Google proibe que eles exibam anúncios no Glass.
Ao mesmo tempo que divulga seus óculos high tech tentando criar interesse neles, o Google procura manter várias coisas em segredo. Apresentações a desenvolvedores têm sido feitas a portas fechadas, sem a presença da imprensa. E ainda não foram divulgadas fotos do interior do dispositivo.
O Google Glass nasceu no laboratório Google X, onde também é desenvolvido o carro sem motorista da empresa. O projeto é liderado por Sergey Brin, que fundou o Google com Larry Page. O vídeo a seguir, publicado pelo Google em fevereiro, tenta mostrar como é o mundo visto através dos óculos high tech:
https://youtube.com/watch?v=v1uyQZNg2vE%3Frel%3D0
São Paulo — Num e-mail enviado aos 2 mil compradores iniciais dos óculos Google Glass, o Google avisa que as primeiras unidades já estão saindo da linha de produção e começarão a ser entregues em breve. A empresa também divulgou especificações detalhadas do gadget pela primeira vez.
Os óculos entendem comandos de voz, filmam, fotografam e exibem informações provenientes do smartphone do usuário. A mensagem do Google diz que serão entregues em várias etapas, à medida que forem saindo da fábrica (o texto foi publicado no Twitter por Brian Klug, do site AnandTech).
Os primeiros compradores pagaram 1.500 dólares cada pelo privilégio de usar o Google Glass nessa primeira etapa. Esse lote dos óculos vem sendo chamado de Explorer Edition e é dirigido principalmente aos desenvolvedores de aplicativos.
O Google também publicou especificações técnicas detalhadas do Glass em seu site. O texto diz que a imagem vista pelo usuário será equivalente à de uma tela de alta resolução de 25 polegadas observada a 2,4 metros de distância. A câmera vai ser capaz de fazer fotos de 5 megapixels e filmes na resolução HD (720p).
Os óculos terão 16 GB de capacidade de armazenamento. É a mesma capacidade dos modelos mais baratos do iPad, por exemplo. O Google diz que a bateria vai suportar um dia de uso sem recarga. Mas ressalva que algumas atividades, como filmagem e bate-papo com vídeo podem consumir a energia mais rapidamente.
Como já era esperado, o Google Glass vai funcionar conectado a um smartphone com Android . O Google diz que qualquer smartphone com conexão Bluetooth pode ser usado. Mas o app MyGlass, que vai permitir o uso do GPS e o envio de SMS, só estará disponível para Android.
Outros detalhes haviam sido revelados em janeiro, quando o Glass ganhou a homologação da Federal Communications Commission (FCC, a equivalente americana da Anatel).
A aprovação da FCC significa, entre outras coisas, que os óculos não emitem radiações perigosas para o usuário, ao menos na avaliação do órgão americano. Nos documentos da FCC, há uma intrigante referência a um dispositivo vibratório nos óculos.
Ao que parece, trata-se de um transdutor que usa os ossos do crânio para conduzir o som até os ouvidos. Essa técnica já é empregada, por exemplo, em players de áudio para nadadores. A vantagem dela é que o usuário não precisa usar fones de ouvido. Mas a qualidade do som é geralmente inferior à de um bom par de fones.
O Google ainda liberou uma interface de programação (API) que vai permitir que desenvolvedores criem aplicativos para o Glass. Apps que rodam no smartphone podem enviar textos, páginas no estilo da web (em HTML), imagens e vídeos para os óculos. Mas o Google proibe que eles exibam anúncios no Glass.
Ao mesmo tempo que divulga seus óculos high tech tentando criar interesse neles, o Google procura manter várias coisas em segredo. Apresentações a desenvolvedores têm sido feitas a portas fechadas, sem a presença da imprensa. E ainda não foram divulgadas fotos do interior do dispositivo.
O Google Glass nasceu no laboratório Google X, onde também é desenvolvido o carro sem motorista da empresa. O projeto é liderado por Sergey Brin, que fundou o Google com Larry Page. O vídeo a seguir, publicado pelo Google em fevereiro, tenta mostrar como é o mundo visto através dos óculos high tech: