supercomputador (Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 08h18.
O presidente dos Estados Unidos editou nesta quarta-feira (29) uma ordem executiva que cria a Iniciativa Estratégica Nacional de Computação, um órgão do governo americano que terá como missão garantir que o país esteja sempre na vanguarda da supercomputação.
O documento assinado por Barack Obama exige que áreas como medicina, ciência do clima e engenharia aeroespacial sejam as beneficiárias do poder da máquina. E, principalmente, a nova iniciativa deve criar, nos próximos dez anos, um computador de exoescala, capaz de realizar 1018 operações por segundo.
Tudo indica que o anúncio é uma resposta à China, que está ganhando terreno no campo dos supercomputadores. No começo do mês, uma organização que ranqueia essas supermáquinas por desempenho anunciou que o chinês Tianhe-2, com 33,86 petaflops, é o computador mais rápido do planeta. A máquina proposta por Obama seria 30 vezes mais rápida.
Atualmente, a IBM desenvolve dois supercomputadores que podem devolver a primeira posição da lista aos americanos: o Twin e o Summit foram uma encomenda do departamento de Energia dos Estados Unidos, e devem ter capacidade de 100 petaflops quando ficarem prontos, em 2017.
Mas quebrar a barreira do exoflop (equivalente a mil petaflops) é bem mais complexo do que fazer um simples upgrade na máquina. Com a tecnologia disponível atualmente, um computador com essa capacidade precisaria gastar toda a energia de uma usina elétrica para funcionar. Além disso, nenhuma aplicação existente conseguiria usar o poder de processamento pleno desse supercomputador.
A esperança dos pesquisadores é que a arquitetura de hardware e software evolua nas próximas décadas, para que o computador de exoflop dos Estados Unidos não seja um imenso desperdício de tempo e dinheiro.
Fonte: Casa Branca