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O futuro de Hollywood passa pelo big data

Big Data pode ajudar a Hollywood a se reinventar

Big Data
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 09h05.

O mundo do entretenimento está passando por mudanças drásticas. Enquanto o cinema ainda fatura milhões de dólares, acompanhamos, sentados em nossos sofás, as séries de televisão se tornarem cada vez mais protagonistas, com ótimas histórias e roteiros extremamente cativantes.

Uma série de fatores faz com que esse tipo de mudança seja cada vez mais perceptível. O uso do big data, por exemplo, é um deles.

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O principal exemplo é o Netflix. Criado como um serviço de aluguel de filmes nos Estados Unidos, o serviço se transformou no maior portal de streaming do mundo, com mais de 30 milhões de assinantes. Recentemente, a empresa decidiu apostar em produção de conteúdo próprio – com o aumento significativo dos contratos com as produtoras de conteúdo, por que não se arriscar em uma nova área?

Para não mergulhar de cabeça em um mercado que a empresa não conhecia bem, a empresa usou o big data a seu favor: com base em milhões de votos, resenhas e comentários de seus usuários, o serviço chegou a dois nomes para cuidar de seu primeiro seriado exclusivo. O ator Kevin Spacey e o diretor David Fincher foram selecionados porque os números indicaram que muitas pessoas gostavam do trabalho de ambos, e juntá-los seria sinônimo de sucesso.

O resultado: com Spacey como ator principal e Fincher como roteirista, House of Cards recebeu quatro indicações ao Emmy deste ano, principal prêmio da televisão americana, mesmo sem ser exibido nos canais clássicos, apenas na internet. Com o sucesso, a empresa continua investindo em novos seriados, como Orange Is the New Black.

Usando esse tipo de análise do big data, a empresa consegue economizar em custos de publicidade, sabe quando é melhor mostrar tal conteúdo para o usuário e cria uma nova relação entre produção e divulgação. Um estudo publicado recentemente pela Universidade de Brandeis (EUA) mostra que, ao combinar dados demográficos com os hábitos na web de seus usuários, o Netflix é capaz de saber a chance de uma pessoa se tornar uma nova assinante de seu serviço e até quanto ela está disposta a pagar para acessar seu acervo.

Os próximos passos da televisão e do entretenimento passam pela análise minuciosa de tudo aquilo que os usuários podem oferecer. Para serviços de streaming, o cenário é claro: o conteúdo é o principal, mas cada detalhe de uso de seus assinantes ensina o caminho a ser seguido – e para onde guiar seus espectadores.

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