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Novo cabo submarino liga Brasil com a África

Cabo de fibra óptica ajuda a diminuir a latência das conexões de internet e une continentes do mesmo hemisfério

(Huawei Marine Networks/Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 11h10.

São Paulo – A Huawei Marines Networks implementou um novo cabo submarino de fibra óptica que liga o Brasil com a África e pode melhorar as conexões de internet na América Latina como um todo. Uma ponta do cabo fica em Fortaleza enquanto a outra fica em Kribi, nos Camarões .

Com duração prometida de 25 anos, ele oferece suporte para velocidade de transmissão de dados de até 32 Tbps, apesar de toda essa capacidade não ser usada logo de início. A iniciativa foi de um consórcio entre a operadora chinesa China Unicom e a Camtel, operadora do governo de Camarões. A Huawei Marines Networks é uma joint-venture que existe desde 2008 com a Global Marine, que tem 160 anos de história e mais de 110 mil km de fibra óptica instalados.

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O novo cabo tem 5917 km de extensão e foi lançado ao mar por um barco. Uma parte dele fica enterrada, enquanto a outra fica no leito do mar. A sua importância para o Brasil se dá pelo fato de que ele pode ser uma saída alternativa da internet que não precisa passar pelos Estados Unidos. Com isso, a conexão no Brasil poderá, no futuro, chegar à Ásia passando pela Inglaterra.

"Ele permite aumento de velocidade e maior oferta de conexão de alta velocidade. É uma nova autoestrada chegando ao Brasil. Fora isso, ele é uma nova oferta, chega com o custo por terabit mais competitivo. Ou seja, ele pode trazer benefícios da livre concorrência", afirma Nicolas Driesen, diretor técnico de vendas da Huawei, em entrevista a EXAME.

Ele conta ainda que a maior parte dos problemas que as empresas têm com cabos submarinos não são com tubarões, como um caso de alguns anos atrás poderia nos levar a pensar, mas sim as âncoras de barcos de pequeno porte, que acabam rompendo ou prejudicando os cabos.

O novo cabo é mais um caminho para o tráfego de dados em alta velocidade e se soma a um grande número de equipamentos semelhantes no mar. O mapa abaixo mostra o cenário das conexões entre países por meio dessa tecnologia.

-(Huawei Marine Networks/Reprodução)

 

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