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Como a rede social Google+ vai enfrentar o Facebook

Experimentamos a nova rede social Google+. Veja o que ela traz de novo e como ela se compara ao Facebook

O Google+ acerta ao oferecer ferramentas de privacidade mais fáceis de usar que as do Facebook, mas recursos como o Sparks (acima) parecem supérfluos numa rede social (Reprodução)

O Google+ acerta ao oferecer ferramentas de privacidade mais fáceis de usar que as do Facebook, mas recursos como o Sparks (acima) parecem supérfluos numa rede social (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 13 de julho de 2011 às 12h27.

São Paulo — Anunciado nesta semana, o Google+, nova rede social do Google, já está sendo testado por um número razoável de usuários. Esse número tende a crescer à medida que mais convites vão sendo distribuídos. Exame.com experimentou o Google+ e verificou que, ao menos na fase atual, a navegação no site está um tanto confusa e há muitas coisas a aperfeiçoar. Mas há também novidades interessantes, especialmente no gerenciamento dos contatos e da privacidade do usuário.

O Google parece ter aprendido algumas lições com o fracassado Google Wave. O Wave era um serviço superambicioso que confundiu os usuários e acabou sendo abandonado. No caso do Google+, a empresa copiou as boas ideias do rival Facebook, aperfeiçoou algumas coisas e trouxe soluções que já haviam sido testadas no Orkut e no Gmail. Veja, abaixo, quais são os principais recursos do Google+ e como ele se compara ao Facebook.

1 Círculos

O Google parece ter percebido que um ponto fraco do Facebook é que não é muito fácil separar amigos de contatos profissionais e de simples conhecidos nele. Por isso, o Google dá muita ênfase aos círculos no Google+. Os círculos são grupos em que as pessoas são classificadas ao ser adicionadas à lista de contatos do usuário. Há várias maneiras de acrescentar uma pessoa a um círculo. Pode-se clicar num botão na página dessa pessoa, ou apenas posicionar o cursor sobre seu nome para que apareça a opção Add to Circles. Além disso, há uma página específica para gerenciamento de círculos. Nela, é possível acrescentar pessoas arrastando seus nomes com o mouse. Acrescentar uma pessoa equivale a aceitá-la como contato.

2 Privacidade

O círculo só é visível para quem o criou, que tem total controle sobre ele. Nisso, esse recurso é bastante diferente dos grupos do Facebook, que acabam ganhando vida própria depois de criados. No caso do Google+, as pessoas são informadas que foram acrescentadas, mas não ficam sabendo a qual círculo pertencem. Assim, se você criar um círculo chamado Chatos, por exemplo, pode adicionar pessoas a ele sem constrangimentos.


3 Novos contatos

Para adicionar alguém no Google+, basta inserir a pessoa num círculo. O Google+ sugere nomes com base nas listas de contatos do Gmail e do Android. Há, também, ferramentas para importar contatos do Yahoo! e do Hotmail. Uma característica que, pelo menos à primeira vista, parece incômoda é que uma pessoa pode acrescentar outra sem permissão dela. Essas pessoas “não correspondidas” ficam listadas num círculo específico chamado Incoming. Suas atualizações não são exibidas no painel geral, a menos que o usuário as acrescente a algum outro círculo. Mas seus nomes aparecem entre as sugestões de novos contatos.

4 Stream

Esse painel de novidades é muito parecido com o mural do Facebook e com os espaços similares existentes em outras redes sociais. Nele, é possível compartilhar fotos, vídeos e textos. Também há espaço para comentários e a opção de “curtir” uma frase por meio do botão +1. É fácil ver apenas as atualizações de um determinado círculo de amigos apenas. Basta um clique para isso. Mas há algumas coisas a melhorar. Falta, por exemplo, a opção de ocultar um círculo específico na visualização geral.

5 Notificações

As notificações do Google+ são quase idênticas às do Facebook, até no local onde são sinalizadas, a barra horizontal superior (mas no Google+ elas aparecem à direita e, no Facebook, à esquerda). Elas avisam, por exemplo, quando o usuário é adicionado por alguém. Há também notificações por e-mail. E, se alguém resolve compartilhar algo com uma pessoa não inscrita no Google+, essa pessoa recebe um aviso por e-mail.

6 Fotos

Não há grandes novidades nos recursos de exibição de fotos do Google+. Considerando que o Facebook é o maior site de compartilhamento de fotos do mundo, o Google parece ter se inspirado no rival ao implantar esses recursos, que também são parecidos com os do Orkut. Há uma visão geral, em que fotos de todos os contatos são exibidas em forma de miniaturas, e também um visualizador que mostra as imagens em tamanho maior, como no Facebook e no Orkut. Entrando na página de uma pessoa, é possível ver apenas as fotos dela.


7 Hangout

O Google+ tem um recurso de videoconferência que o Google chama de Hangout. Ele permite estabelecer conversas com vídeo com os contatos usando uma webcam e um microfone. O usuário pode compartilhar a imagem ao vivo publicamente ou pode restringi-la a um ou mais círculos de contatos.

8 Chat

A função de mensagens instantâneas do Google+ parece ter sido herdada do Gmail. É idêntica à que existe no serviço de webmail e parecida com a do Facebook. Os contatos são listados numa coluna no lado esquerdo da página principal. Ao lado de cada nome, fica uma bolinha colorida indicando se a pessoa está disponível ou não, como no Gmail. Como se sabe, o Facebook exibe também as fotos das pessoas na lista.

9 Sparks

O Google+ tem também um recurso chamado Sparks. Nele, o usuário, escolhe um assunto e passa a receber notícias, curiosidades, fotos e vídeos sobre ele. As opções incluem temas como receitas culinárias, carros esportivos e futebol. Não há nada de errado com isso, exceto o fato de que o Sparks não combina com uma rede social, onde o objetivo é o contato interpessoal. É um item supérfluo, que pode até ser abandonado com o tempo.

10 Smartphones

O Google liberou um aplicativo para Android que permite enviar atualizações e fotos para o Google+, entre outras ações. Não há aplicativos para outras plataformas. Mas usuários de iPhone, Blackberry, Windows Phone e Symbian contam com um site específico para acesso móvel. Ele permite ler e postar comentários na rede. Mas não é possível, por exemplo, enviar fotos desses smartphones. O Google diz que vai liberar, em breve, um aplicativo para iPhone.

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